https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/issue/feedEncontro Sergipano de História da Educação2023-11-07T00:00:00-03:00Prof. Dr. Joaquim Tavares da Conceição - UFS & Prof. Dr. Cristiano Ferronato – Unitadm.encontrosergipano@gmail.comOpen Journal Systems<p><strong>II Encontro Sergipano de História da Educação - ESHE<br /><em><br />Publicação Bienal</em></strong><br /><br />Os grupos de pesquisa <strong>História da Educação: Memórias, sujeitos, saberes e práticas educativas (GEPHED/CNPq/UFS) e História da Educação do Nordeste (GPHEN/CNPq/Unit) </strong> em parceria com os Programas de Pós-graduação em Educação da <strong>Universidade Tiradentes-Unit </strong>e <strong>Universidade Federal de Sergipe</strong>-UFS e o Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Colégio de Aplicação Centro de Memória –tem o prazer de convidar a comunidade de professores, pesquisadores e alunos de diversas áreas, profissionais ligados a História da Educação, para o <strong>II Encontro Sergipano de História da Educação - ESHE.</strong> Patrimônio histórico educacional e os desafios contemporâneos da pesquisa em História da Educação (modalidade online). Com este evento pretende-se possibilitar a reflexão sobre as contribuições da história da educação; Divulgar as pesquisas e a produção em História da Educação de pesquisadores sergipanos; Fortalecer e/ou estimular intercâmbios, parcerias e intersecções a nível nacional e internacional. O evento será realizado nos dias 09, 10 e 11 de novembro de 2022, em formato online<strong>. A temática Patrimônio histórico educacional e os desafios contemporâneos da pesquisa em História da Educação </strong>apresenta-se como foco de reflexão proposta para as conferências e mesa redonda do II ESHE/2022. Convidamos a todos e todas, portanto, a participarem das discussões e a contribuírem para o aprofundamento das reflexões.<br /><br />Página do <strong>I</strong> <strong>Encontro Sergipano de História da Educação - ESHE</strong> 2020: <a href="https://doity.com.br/i-encontro-sergipano-de-historia-da-educacao/artigos" target="_blank" rel="noopener">acesse aqui</a><br />Página do <strong>II</strong> <strong>Encontro Sergipano de História da Educação - ESHE</strong> 2022: <a href="https://doity.com.br/ii-eshe--encontro-sergipano-de-historia-da-educacao#schedule" target="_blank" rel="noopener">acesse aqui</a></p> <p><strong><br />SUBMISSÃO DE TRABALHOS ENCERRADO!</strong></p> <p><a href="https://docs.google.com/document/d/10xRS_a6jHCxbc5xcLiwKkxhLWFufjm5F/edit?usp=sharing&ouid=106820441468155522939&rtpof=true&sd=true" target="_blank" rel="noopener"><strong>Documento para envio de Modelo de Resumo</strong></a></p> <p><a href="https://drive.google.com/file/d/1wTKBi0_C9DHzUU7tps7UAwp6m4Xj9WbX/view?usp=sharing" target="_blank" rel="noopener"><strong>Baixe a programação detalhada_II Encontro Sergipano de História da Educação - ESHE_2022</strong></a></p> <p><a href="https://www.youtube.com/@GPHEN" target="_blank" rel="noopener"><strong>Transmissão do evento - ao vivo - acesse aqui</strong></a></p>https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16216PATRIMÔNIO, MEMÓRIAS E ESQUECIMENTOS: O ACERVO DE ESCOLAS EXTINTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO2023-02-27T12:55:02-03:00Alessandro Sathlersathlerleal@gmail.comMarinete Alves Pereira de Castromarinetealvespereiradecastro@gmail.comViviane Othukivothuki@gmail.com<p>Este artigo trata do processo de formação do Acervo de Escolas Extintas do Estado do Rio de Janeiro entre as décadas de 1970 e 2010. Partindo da análise e comparação das normativas do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro – CEE/RJ, com a gestão de documentos realizada pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro – SEEDUC/RJ, busca-se discutir o papel deste acervo como patrimônio histórico, educacional e jurídico da sociedade fluminense. Por meio do diálogo entre a compreensão de patrimônio alinhavada por Gomes (2019), Gonçalves (2007) e Sant´Anna (2017), bem como a relação entre memória e história proposta por Nora (1993), pondera-se a relação estabelecida entre estes registros escolares custodiados e a sociedade, destacando seus efeitos e desdobramentos no cotidiano fluminense. A pesquisa realizada se constitui como bibliográfica-documental-exploratória de caráter qualitativo, fundada na identificação e análise de fontes primárias (marcos normativos e/ou regulamentares, processos e atos administrativos) e secundárias (bibliografia específica). As fontes primárias foram levantadas junto à biblioteca do CEE/RJ, aos arquivos da SEEDUC/RJ, ao Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro – DOERJ, ao Sistema Eletrônicos de Informações do Estado do Rio de Janeiro – SEI-RJ e aos acervos profissionais e pessoais dos autores. A leitura dos atos e registros aponta que a guarda realizada, por diferentes razões, ocorreu de maneira assistemática, sem procedimentos que garantissem a preservação e/ou acesso as informações ali contidas, desconsiderando a efetiva importância do Acervo de Escolas Extintas em suas mais diferentes significações.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alessandro Sathler, Marinete Alves, Viviane Othukihttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16233AS PÁGINAS COTIDIANAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO2023-03-01T15:39:36-03:00Dayane Cristina Guarnieridayaneguarnie@hotmail.com<p class="paragraph" style="margin: 0cm; text-align: justify; vertical-align: baseline;">O texto possui o objetivo de refletir sobre as possibilidades em se utilizar as fontes periódicas impressas para desenvolver pesquisas na área da história da educação, pensando a sua relação com a história da imprensa e o processo civilizador, a partir da perspectiva de Norbert Elias de uma análise histórico-social. Assim, a educação e a cultura são compreendidas de forma intrínseca, pois se autoinfluenciariam e se modelam a partir do nível de desenvolvimento da sua sociedade. Nesse caminho, a síntese histórica é imprescindível para estabelecer os nexos entre acontecimentos e mudanças sociais a partir de um olhar de longo prazo, mas também é necessário atravessar o projeto editorial da fonte para compreender a conjuntura histórica do período para relacioná-la com mudanças nas emoções e nos comportamentos que fornecem sentido para os grupos sociais.</p> <p class="paragraph" style="margin: 0cm; text-align: justify; line-height: 150%; vertical-align: baseline;"> </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Dayane Cristina Guarnierihttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16229TRAJETÓRIA: DE ESCOLA PROFISSIONAL MIXTA DE SOROCABA À ETEC FERNANDO PRESTES2023-03-01T00:00:21-03:00Daniele Torres Loureirodaniele_torres75@hotmail.com<p>Este trabalho tem por propósito apresentar a trajetória da ETEC Fernando Prestes no que diz respeito às nomenclaturas, às instalações, aos diretores e aos cursos oferecidos desde sua instituição, em 1929, até os dias atuais. A atuação como docente curadora do Centro de Memória permitiu observar a necessidade de desenvolver um material que respondesse alguns questionamentos feitos pelos visitantes sobre a história da unidade escolar. Acredita-se na relevância desta pesquisa, pois reúne dados históricos sobre a instituição, retrata diferentes períodos da educação técnica brasileira: suas tendências e políticas educacionais, bem como valoriza a importância da preservação do patrimônio e da identidade da unidade de ensino. O estudo tem caráter descritivo e baseou-se em fontes como: leis, documentos escolares e entrevistas e fotografias preservadas no Centro de Memória da ETEC, reportagens de jornais locais, bem como em bibliografias, sendo a principal delas, a obra intitulada: Formação Profissional - Escola Técnica Estadual “Fernando Prestes”, organizada por Luiz Antônio Koritiake. Conseguiu-se reunir grande parte das informações propostas, no intuito de oferecer a futuros pesquisadores e interessados na história da ETEC Fernando Prestes, dados e questões que possam nortear novos estudos.</p> <p>Palavras-chave: Trajetória. Escola Profissional <em>Mixta</em> de Sorocaba. ETEC Fernando Prestes.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Daniele Torres Loureirohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16226ASPECTOS PRELIMINARES DA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE PROFESSORAS PRIMÁRIAS NO ALTO SERTÃO PARAIBANO (1970-1980)2023-02-28T22:46:34-03:00Rozilene Lopes de Sousa Alvesrozilene.lopes@professor.ufcg.edu.brJoaquim Tavares da Conceiçãojoaquimcodapufs@gmail.com<p>Esta comunicação discute aspectos da história da profissão docente por meio de memórias de expressão oral de professoras que atuaram na docência no ensino primário, em escolas do Alto Sertão Paraibano.<strong> </strong>Especificamente, objetiva-se delinear aspectos históricos e teóricos da formação de professores no Brasil no século XX; Caracterizar a trajetória de formação de professores do Sertão paraibano. A metodologia do estudo é de natureza qualitativa, de caráter de documental focada, especificamente, da história da profissionalização docente na segunda metade do século XX. O recorte histórico, compreendido entre as décadas de 70 e 80 do século XX, justifica-se por se constituir num período da criação e implantação de escolas públicas no Sertão paraibano. O <em>corpus</em> da pesquisa é constituído por professoras que atuaram em escolas primárias no Alto Sertão Paraibano, entre as décadas de 1970 a 1980, com formação no magistério ou leigas. O estudo contribuirá para a caracterização, discussão e compreensão da constituição e consolidação da profissionalização docente, a partir da escuta, escrita e análise de histórias orais temáticas das professoras colaboradoras.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Rozilene Lopes de Sousa Alves, Joaquim Tavares da Conceiçãohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16197HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS NA CIDADE DE DUQUE DE CAXIAS: A CIDADE DOS MENINOS E SEU PROJETO DE ASILAMENTO DA INFÂNCIA DESTITUÍDA DO CONTROLE DA FAMÍLIA2023-02-02T14:55:25-03:00Márcia Spadetti Tuão Costamardetti.tuao@gmail.comRenata Spadetti Tuãospatuao@hotmail.com<p>Esse artigo é um recorte do projeto de doutoramento em que se procura analisar os processos educativos, desenvolvidos na cidade de Duque de Caxias, no período entre 1943 e 1990, voltados para o asilamento de crianças e adolescentes em situação de desresponsabilização do núcleo familiar pelo seu controle e cuidado. Identifica-se a criação de uma instituição de asilamento dessa infância no município, dirigida pela Fundação Abrigo Cristo Redentor em aliança com o Estado, que recebeu o nome de Cidade dos Meninos. A instituição em questão foi operacionalizada no município de Duque de Caxias, recém-emancipado (1943), em um contexto de industrialização e de urbanização, em fase inicial. Em decorrência dessa conjuntura, o município apresentava crescimento desordenado, sobressaltando o quantitativo de crianças em ‘situação de rua,’ sendo retratada pelos jornais da cidade, no período, como um problema para o embelezamento da área central da cidade e para a segurança da população. Dessa forma, o Estado assumiu o tratamento dessa infância através de políticas que relacionavam assistencialismo e educação. Os pressupostos filosóficos defendidos pelo Laboratório de Biologia Infantil (1937), nos moldes do governo fascista da Itália, estavam presentes nesse modelo de política assistencial desenvolvida pelo Estado varguista. Objetiva-se, identificar as características fundamentais do projeto educativo idealizado por Darcy Vargas para essa infância, entre os primeiros anos de sua institucionalização até 1950, período em que a Fundação Abrigo Cristo Redentor assumiu sua direção, relacionando-as com os aspectos presentes em sua materialização, a fim de analisar as relações sociais que interferiram tanto na sua constituição, quanto na sua manutenção no território. Para tanto, convém compreender as singularidades que constituem essa instituição educativa (SANFELICE, 2017), em sua correlação com as questões econômicas, políticas e sociais que condicionaram tanto a sua criação, quanto o desenvolvimento de um projeto de educação a partir do trabalho (CIAVATTA, 2002). Para isso, recorre-se a relatórios, ofícios e fotografias produzidas pela instituição educativa, assim como as leis publicadas em nível federal, estadual e municipal que procuraram conferir marcos legais para a operacionalização pelo Estado. As publicações sobre Levy Miranda (1977) e Cidade das Meninas/Darcy Vargas (1942) se constituíram em documentos que indicam os elementos do projeto educativo para a infância ‘desvalida,’ Nossos estudos apontam que os fundamentos dos processos que instituíram a Cidade dos Meninos, no território duque-caxiense, como política pública iniciada no governo Vargas, corresponderam à necessidade de controlar a infância ‘desvalida’ por meio da relação entre trabalho e educação, atrelando as exigências dos comerciantes locais com o abastecimento da cidade do Rio de Janeiro por meio dos alimentos cultivados pelo trabalho sem remuneração das crianças e adolescentes asilados.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Márcia Spadetti Tuão Costa, Renata Spadetti Tuãohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16198PERCURSOS EDUCATIVOS EM DUQUE DE CAXIAS: IMAGENS DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO GOVERNADOR ROBERTO SILVEIRA 2023-02-02T16:34:12-03:00Renata Spadetti Tuãospatuao@hotmail.comLeandro Sartorileandrosartorigoncalves@yahoo.com.brMarluce Souza de Andrade marlucesouzadeandrade@gmail.com<p>Este trabalho configura-se em um recorte do projeto de pesquisa desenvolvido pelo Centro de Pesquisa, Memória e História da Educação da Cidade de Duque de Caxias e Baixada Fluminense (CEPEMHEd), no qual se pretende compreender os diferentes processos que permeiam a educação na cidade, tanto no que diz respeito à organização formal das redes de ensino, quanto à presença de outras instituições e agentes que tiveram atuação na educação na cidade e na região. Neste recorte, vamos nos ater a um dos braços do projeto: a investigação sobre as instituições educativas. O contexto do município de Duque de Caxias na década de 1960, pouco depois de sua emancipação ocorrida em 1943, voltava-se para a crescente urbanização do território, condicionado pela criação de indústrias e rodovias que facilitavam o crescimento econômico. Da mesma forma, o crescimento populacional promovido, também, pela proximidade com o município do Rio de Janeiro foi um elemento central para a ocupação da região. Os processos educativos contavam com poucas instituições que, na maioria das vezes, foram operacionalizadas em espaços como bares, casas, galpões, varandas, entre outros locais, que não haviam sido construídos, intencionalmente, com o objetivo de desenvolver educação formal. Isto posto, no ano de 1962, foi criado, na cidade de Duque de Caxias, o Instituto de Educação Governador Roberto Silveira (IEGRS), com a atribuição de ofertar formação de professores, em âmbito público. Neste trabalho, procura-se compreender o percurso de criação de uma instituição educativa de formação de professores, em uma cidade cujos processos de urbanização e industrialização apresentavam-se em estágio inicial, no período entre 1962 e 1970, identificando os sentidos e as relações que motivaram a sua constituição. Convém analisar o movimento das singularidades da instituição educativa e dos vestígios deixados pelas relações sociais que se conformam nas relações instituídas (SANFELICE, 2016) no território. Entende-se que o objeto singular é visto a partir de sua gênese nos processos sociais mais amplos, partindo da aparência imediata da imagem em direção às mediações que a constituem. Desse modo, as fontes utilizadas como objeto de estudo compõem a coleção de fotografias reunidas pelo projeto “Memórias em Cartão. A Educação em Duque de Caxias”, desenvolvido pelo CEPEMHEd. Propõe-se a concepção de fotografia como fonte histórica, a partir da categoria de mediação, entendendo-a como uma produção social cujo conhecimento não se limita à aparência da imagem (CIAVATTA, 2004), implicando um trabalho de contextualização da fotografia, do acontecimento, dos sujeitos retratados e das relações que estabelecem na totalidade social a que pertencem. Nossos estudos apontam que a criação de um Instituto de Educação em Duque de Caxias remonta as movimentações em torno da conjuntura de expansão da rede pública da cidade e da obrigatoriedade de formação em nível secundário para o trabalho nas instituições escolares, determinada pelos processos recentes de urbanização, em consonância com a legislação que se propunha a regulamentar a educação nacional, desde 1961.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Renata Spadetti Tuão, Leandro Sartori, Marluce Souza de Andrade https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16207INSTITUIÇÕES ESCOLARES NAS PÁGINAS DO JORNAL O AVISO (1910 A 1930)2023-02-11T21:25:02-03:00Raylane Virginia Venancio Ferreira Limaraylaneven99@gmail.comJane Bezerra de Sousajane_bezerrasousa@yahoo.com.br<p>O presente artigo tem como objetivo analisar as notícias publicadas no Jornal O Aviso,<br>entre os anos 1910 e 1930, referentes às instituições escolares. Os periódicos utilizados<br>encontram-se digitalizados na Hemeroteca Digital Brasileira da Biblioteca Nacional (portal<br>de periódicos nacionais reconhecido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia), cujo acervo<br>está disponível na internet, por meio do link: http://bndigital.bn.br/acervo-<br>digital/aviso/844160. Para tanto, visando ao desenvolvimento da pesquisa, lançou-se mão<br>de bibliografia ancorada na obra de Sousa (2020); Deus (2014); Araújo e Gatti Júnior<br>(2002); Vieira (2005); Mendes (2012); Brito (1996); Sousa (2005, 2009); Vicentini e Lugli<br>(2009); e Carvalho (2018). Nessa perspectiva, a metodologia proposta parte de abordagem<br>qualitativa, tendo como teoria de análise a História Cultural. Trata-se de uma pesquisa<br>documental, sendo a fonte de pesquisa o acervo dos jornais, cujas notas tratam de<br>propagandas e inaugurações das escolas. Por meio delas, é possível obter dados atinentes<br>ao Gymnásio Areolino de Abreu, Collegio 24 de fevereiro, Collegio da professora<br>Nhasinha Freire, Collegio Felisberto de Carvalho e Grupo Escolar Coelho Rodrigues. Tais<br>fontes denotam maior presença da iniciativa privada nas publicações. Em relação às<br>instituições escolares de ensino primário e secundário, o que se depreende no Jornal O<br>Aviso é a preponderância de anúncios referentes às escolas privadas, mostrando aos<br>leitores o currículo e a organização pedagógica dessas escolas. Todavia, pouco se fala<br>sobre o ensino público e suas problemáticas. Ao mesmo tempo, as edições do jornal<br>evidenciaram que em Picos, havia muitas escolas privadas, mas a procura por matrículas<br>era baixa – apesar da Reforma de 1910, estruturando todo o ensino primário, secundário e<br>normal no Piauí –, daí porque sua implantação não foi eficaz. Por sua vez, em O Aviso,<br>apresentam-se diversas notícias reforçando os problemas com a instrução em Picos e o<br>descumprimento do Regulamento Geral da Instrução, a exemplo de escolas que ainda<br>funcionavam na casa de professoras. Outra notícia que desnuda a realidade da instrução em<br>Picos alude à inauguração do Grupo Escolar Coelho Rodrigues, em que o jornal sob apreço<br>lamenta o fato de o primeiro grupo escolar da cidade não ter infraestrutura adequada para o<br>ensino e funcionar em uma casa alugada. O tema é importante para a história das<br>instituições escolares, bem como o uso do jornal como fonte para a história da educação<br>piauiense. Não obstante, constatou-se que o grupo escolar foi significativo para a educação<br>picoense, por intensificar a necessidade de professores capacitados para o exercício do<br>magistério e de ampliar o acesso à educação, ao tempo em que trouxe as ideias de<br>modernidade educativa.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Raylane Virginia Venancio Ferreira Lima, Jane Bezerra de Sousahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16219A ESCOLA ESTADUAL WLADISLAU GARCIA GOMES NAS MEMÓRIAS DE UMA EX- DIRETORA ESCOLAR (1976-1979)2023-02-27T18:38:35-03:00Adriana Ribeiroadrianabristow@hotmail.comAdemilson Batista Paesabpaes@yahoo.com.br<p><strong>A ESCOLA ESTADUAL WLADISLAU GARCIA GOMES NAS MEMÓRIAS DE UMA EX- DIRETORA ESCOLAR (1976-1979)</strong></p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p> </p> <p>Este texto é parte de uma pesquisa de Mestrado em desenvolvimento, com foco em ex-diretoras escolares de escolas públicas da cidade de Paranaíba-MS, entretanto, para o presente trabalho utiliza-se de delimitação e utiliza as memórias de uma ex-diretora da Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes. Para tanto, apoia-se nas contribuições do Paradigma Indiciário. Desta forma, trazer a Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes, uma instituição escolar do município de Paranaíba-MS, sob o olhar experiente e cálido de uma ex-diretora, é a nosso ver de extrema relevância. No contexto do recorte temporal (1976-1978), o país vivencia o período do governo militar. Mediante a necessidade de coleta de dados empíricos para a pesquisa, foram empreendidas visitas ao Museu na cidade e entrevistas com inúmeras professoras aposentadas. Dentre as ex-diretoras entrevistadas, foi selecionada aquela que esteve à frente da Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes. A colaboradora é uma fonte riquíssima e inesgotável de histórias, causos, experiências, uma dama, na acepção da palavra, que contou que a Escola Wladislau teve origem na implantação do Curso Ginasial em Paranaíba-MS em 30 de agosto de 1957 para os alunos que ao findar a 4ª série não tinham outra oportunidade de continuar seus estudos. O Curso Ginasial começou no então Grupo Escolar José Garcia Leal. Assim, em março de 1957, e realizou-se o exame de admissão para entrada no ginásio. Neste texto evidenciou-se o resgate, mesmo que de forma fragmentária e breve, da Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes, por meio das memórias da ex-diretora, buscando-se os vestígios e lembranças da época em que foi diretora escolar, no período de 1976-1979. Então, para assumir como diretora da Escola Wladislau, foi efetivada, pois um Secretário de governo, o sr. Waldir Pereira, que conhecera seu pai, colocou o processo da efetivação da diretora no meio de tantos, e o governador assinou sem conhecimento de causa, conforme confidenciou durante a entrevista. E diante disso, buscou-se neste trabalho, apresentar a Escola Estadual Wladislau Garcia Gomes, uma instituição escolar, nas lembranças e vivências da professora aposentada, enquanto diretora escolar, mediante suas narrativas, extraídas de diálogos e da entrevista concedida, gravada pessoalmente em encontro na casa da antiga diretora em Paranaíba-MS.</p> <p> </p> <p> </p> <p>Palavras-Chaves: História, Instituição, Paradigma Indiciário.</p> <p> </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Adriana Ribeiro, Ademilson Batista Paeshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16342Anais - Arquivo Completo2023-08-17T12:18:31-03:00ESHEeshe@gmail.com<p>Arquivo completo com todos os artigos </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16340EXPEDIENTE2023-08-16T21:27:28-03:00ESHEadm.encontrosergipano@gmail.com<p>A AUTONOMIA COMO DESVIO EM MANOEL BOMFIM: <br>A EDUCAÇÃO E A FORMAÇAO DA NAÇAO NOS ESCRITOS DE 1905-1931<br>Marcela Cockell</p> <p>A DIDÁTICA MAGNA E O RATIO STUDIORUM: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES<br>Oberdan da Silva de Andrade/Ester Fraga Vilas-Bôas Carvalho do Nascimento</p> <p>A ESCOLA ESTADUAL WLADISLAU GARCIA GOMES <br>NAS MEMÓRIAS DE UMA EX- DIRETORA ESCOLAR (1976-1979)<br>Adriana Ribeiro de Brito e Silva/Ademilson Batista Paes</p> <p>A ESCOLA NORMAL DE FEIRA DE SANTANA – BA <br>E A FEMINIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO<br>Letícia Cavalcante Lima Silva</p> <p>A ESCOLA, O ANALFABETISMO E A INSTRUÇÃO PRIMÁRIA OBRIGATÓRIA NA PERSPECTIVA DE OLAVO BILAC<br>Ednilsa Carmen de Mendonça</p> <p>A FORMAÇÃO DE ENÓLOGOS NA SERRA GAÚCHA (1959-1995):<br>diálogos entre fotografias e cultura escolar<br>Caroline Cataneo</p> <p>A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA DOCÊNCIA DO ENSINO SECUNDÁRIO: um olhar sobre as teses de concursos do Colégio Pedro II (1921-1939)<br>Paloma Rezende de Oliveira/Maria Raquel Riehl de Carvalho/Matheus Gonçalves de Souza</p> <p>A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E A EDUCAÇÃO PRISIONAL: <br>UMA RESSIGNIFICAÇÃO POLÍTICO-PEDAGÓGICA<br>André Henrique Boazejewski PereiraD/aiana da Silva Walkiu/Elaine Oliveira Santos</p> <p>AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO- ESCOLAR NO CODAP/UFS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO<br>Paulo Mateus Silva Vieira</p> <p>AS AULAS AVULSAS DE LATIM NA COMARCA DAS ALAGOAS: DOS CONVENTOS FRANCISCANOS A UMA EDUCAÇÃO NÃO DIRIGIDA POR RELIGIOSOS<br>Ivanildo Gomes dos Santos</p> <p>AS PÁGINAS COTIDIANAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES <br>PARA A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO<br>Dayane Cristina Guarnieri</p> <p>ASPECTOS PRELIMINARES DA FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DE PROFESSORAS PRIMÁRIAS NO ALTO SERTÃO PARAIBANO (1970-1980)<br>Rozilene Lopes de Sousa Alves/Joaquim Tavares da Conceição</p> <p>BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO PROTESTANTE NO BRASIL: <br>ALGUNS APONTAMENTOS<br>Douglas Lima da Costa</p> <p>COMO AS MATEMÁTICAS SÃO APRESENTADAS NA OBRA <br>VERDADEIRO MÉTODO DE ESTUDAR, DE LUÍS ANTÓNIO VERNEY<br>Márcio Ponciano dos Santos/Luiz Eduardo Oliveira</p> <p>DE A LAGOA DO FAUNO AO PROJETO LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO LITERÁRIA: UMA DOCÊNCIA ATENTA A EXPERIÊNCIAS DA CULTURA ESCRITA (1970-1980)<br>Alfredo Bezerra dos Santos</p> <p>DISCURSOS DE NACIONALIZAÇÃO E INSPEÇÃO ESCOLAR NA PRIMEIRA CONFERÊNCIA DE ENSINO PRIMÁRIO EM SANTA CATARINA (1927)<br>Tibério Storch de Souza</p> <p>DOCUMENTOS DO GRUPO ESCOLAR RURAL JOSÉ ROLLEMBERG LEITE: VESTÍGIOS DO PATRIMÔNIO EDUCATIVO DO ENSINO PRIMÁRIO EM SERGIPE (1950 - 1960)<br>Andreza Cristina da Silva Andrade</p> <p>EDUCAÇÃO E MODERNIDADE: A PROPÓSITO DA LAICIDADE<br>José da Penha Sena Neto</p> <p>ESPAÇOS DIGITAIS NA PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO<br>Bruna Luiz dos Santos/Lorrana dos Santos Gouvêa/Maria Augusta Martiarena de Oliveira</p> <p>A AUTONOMIA COMO DESVIO EM MANOEL BOMFIM: <br>A EDUCAÇÃO E A FORMAÇAO DA NAÇAO NOS ESCRITOS DE 1905-1931<br>Marcela Cockell</p> <p>HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM SERGIPE: <br>A MISSSÃO CUBANA 1996 A 1998<br>Cândida Luísa Pinto Cruz/Araci Bispo do Nascimento/Cristiano Ferronato</p> <p>HISTÓRIA DAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS NA CIDADE DE DUQUE DE CAXIAS: A CIDADE DOS MENINOS E SEU PROJETO DE ASILAMENTO DA INFÂNCIA DESTITUÍDA DO CONTROLE DA FAMÍLIA<br>Márcia Spadetti Tuão da Costa/Renata Spadetti Tuão</p> <p>IDALINA MARGARIDA DE ASSUNÇÃO MEIRA HENRIQUES: PROFESSORA, FUNDADORA E DIRETORA DO PRIMEIRO COLÉGIO PARTICULAR FEMININO NA CIDADE DA PARAHYBA DO NORTE (1865-1875)<br>Aldenize da Silva Ladislau</p> <p>IMPRENSA E INSTRUÇÃO: SILVINO DE AZEREDO E O CORREIO DA LAVOURA – NOVA IGUAÇU (1917 – 1939)<br>Diogo Piassá das Mercês</p> <p>INSTITUIÇÕES ESCOLARES NAS PÁGINAS <br>DO JORNAL O AVISO (1910 A 1930)<br>Raylane Virginia Venâncio Ferreira Lima/Jane Bezerra de Sousa</p> <p>JORNAL FOLHA DO NORTE: UMA CONEXÃO EM PROL <br>DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FEIRENSE<br>Edilsa Mota Santos Bastos</p> <p>LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA NOS REGISTROS <br>ESCOLARES DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFS (1969-1981)<br>Sayonara do Espírito Santo Almeida</p> <p>O PENSAMENTO POLÍTICO EDUCACIONAL <br>DEMOCRÁTICO DE ANÁLIA FRANCO<br>Lucas Mariel de Carvalho Carnaúba de Menezes</p> <p>OFENÍSIA SOARES FREIRE: ESCOLARIZAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O MAGISTÉRIO (1920-1930)<br>Renilfran Cardoso de Souza/Joaquim Tavares da Conceição</p> <p>OS CADERNOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL (1959-1965)<br>Walna Patrícia de Oliveira Andrade</p> <p>OS CONCEITOS DE FAMÍLIA A PARTIR DA ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E MATERIAL DIDÁTICO<br>Josefa Angelina Dias Santos/Gregory da Silva Balthazar</p> <p>PATRIMÔNIO, MEMÓRIAS E ESQUECIMENTOS: <br>O ACERVO DE ESCOLAS EXTINTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.<br>Alessandro Sathler/Marinete Alves/Viviane Othuki</p> <p>PERCURSOS EDUCATIVOS EM DUQUE DE CAXIAS: IMAGENS DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO GOVERNADOR ROBERTO SILVEIRA <br>Renata Spadetti/Marluce Souza de Andrade/Leandro Sartori</p> <p>REGRAS DE BEM VIVER<br>Juselice Alves Alencar</p> <p>O PIBID À LUZ DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA: <br>UM ELO CRÍTICO-FORMATIVO<br>André Henrique Boazejewski Pereira/Desiré Luciane Dominschek</p> <p>TRAJETÓRIA: DE ESCOLA PROFISSIONAL MIXTA DE SOROCABA <br>À ETEC FERNANDO PRESTES<br>Daniele Torres Loureiro</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16232O PENSAMENTO POLÍTICO EDUCACIONAL DEMOCRÁTICO DE ANÁLIA FRANCO2023-03-01T03:19:02-03:00Lucas Mariel Carvalho Carnaúba de Menezeslucasmarielcarvalho@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Esta artigo tem por tema o pensamento educacional desenvolvido pela educadora Anália Emília Franco (1853-1919) e sua proposta de construção de um novo modelo de cidadania republicana através da adoção de uma ética antissexista e democrática. Anália Franco, nascida em 1853, no Rio de Janeiro, foi normalista e, além de dedicar sua vida profissional ao magistério, foi escritora e colaboradora de diversos periódicos de ampla circulação em diferentes regiões do território brasileiro. Seus artigos tinham por principais temáticas a educação popular, o republicanismo democrático, a emancipação feminina pela via da intelectualização e profissionalização das mulheres e a urgência de medidas assistenciais para os grupos sociais excluídos. Além disso, Anália também foi fundadora de seus próprios periódicos para a divulgação de suas ideias e produções literárias, bem como de múltiplos institutos socioeducacionais. Sendo assim, partindo dos conceitos de José Murilo de Carvalho de cidadania plena, cidadania incompleta e não-cidadania, levantamos a hipótese de que as diversas instituições criadas por Anália Franco tinham por finalidade a transformação dos não-cidadãos ou dos cidadãos incompletos, isto é, dos indivíduos desprovidos ou parcialmente desprovidos de direitos civis, sociais e políticos, em cidadãos plenos, por meio da educação popular. Isto posto, para a realização deste trabalho, lançamos mão de dois grupos de documentações primárias, sendo eles: 1- Os periódicos produzidos por Anália Emília Franco, com destaque para </span><em><span style="font-weight: 400;">O Álbum das Meninas</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1898-1901), revista dedicada ao público feminino e criada ainda no período em que Anália não havia desenvolvido sua obra no campo institucional, e </span><em><span style="font-weight: 400;">A Voz Maternal</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1903-1910), imprensa que tinha por fim a publicação oficial da associação coordenadora das instituições socioeducacionais criadas por Anália. 2- Artigos publicados em periódicos de ampla circulação, entre 1890 e 1919, que analisam e opinam acerca das ideias e instituições socioeducacionais de Anália Franco. Desta forma, a pesquisa teve por objetivo a análise do pensamento educacional de Anália Emília Franco frente a realidade sociopolítica da Primeira República brasileira, além de apresentar as finalidades políticas de sua obra teórico-prática. Como resultado da pesquisa, detectamos o estabelecimento de um modelo de gestão educacional criado por Anália Franco, em formato de um circuito pedagógico, cuja centralidade estava pautada na ampliação do acesso ao espaço público laboral e intelectual de mulheres e pobres, bem como a construção de um projeto político-pedagógico pautado em uma renovação ético-moral da sociedade republicana, almejando sua democratização.</span></p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Lucas Mariel Carvalho Carnaúba de Menezeshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16225OFENÍSIA SOARES FREIRE:2023-02-28T22:13:10-03:00Renilfran Cradosorenilfran@yahoo.com.brJoaquim Tavares da Conceiçãojoaquimcodapufs@gmail.com<p>Este artigo apresenta aspectos biográficos da professora Ofenísia Soares Freire, destacando sua formação escolar e profissional para o magistério (1920-1930). Foram utilizadas tipologias diversas de fontes coletadas no CEMAS – Centro de Educação e Memória do Atheneu Sergipense, mensagem presidencial, legislação e artigos de jornais. A professora iniciou seus estudos na cidade de Estância/SE, no Colégio Camerino, no final da primeira década do século XX, onde fez parte do curso primário. Em Aracaju, Ofenísia Freire continuou sua formação escolar como aluna interna do Colégio Nossa Senhora Santana, ingressando em seguida na Escola Normal onde obteve o título de normalista. Foi na cidade de Estância, em 1933, que Ofenisia Soares Freire iniciou a sua trajetória no magistério. No seu retorno à Aracaju lecionou em alguns estabelecimentos de ensino particulares e ingressou como professora do ensino secundário no Atheneu Sergipense.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Renilfran Cradoso, Joaquim Tavares da Conceiçãohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16194IMPRENSA E INSTRUÇÃO: SILVINO DE AZEREDO E O CORREIO DA LAVOURA – NOVA IGUAÇU (1917 – 1939)2023-02-01T22:37:32-03:00Diogo Piassá das Mercêsdiogolione@gmail.com<p><strong>IMPRENSA E INSTRUÇÃO: SILVINO DE AZEREDO E O CORREIO DA LAVOURA – NOVA IGUAÇU 1917-1939</strong></p> <p> </p> <p>O presente resumo reflete sobre a imprensa negra iguaçuana a partir da formação do jornal <em>Correio da Lavoura</em>, periódico fundado no município-sede de Iguaçu em 22 de março de 1917 pelo intelectual negro Silvino Azeredo. O semanário estabelecido no município-sede de Iguaçu é o vestígio histórico mais recorrentemente utilizado nas pesquisas produzidas que versam sobre a região do Sertão e da Grande Iguaçu, contribuindo significativamente com os pesquisadores no fortalecimento de uma historiografia da Baixada Fluminense. Para auxiliar no entendimento das ações deste intelectual e de seus colaboradores a partir de suas redes de sociabilidade e solidariedade, os escritos Sirinelli (2003), expoente da História dos Intelectuais, serão evocadas para nortear e balizar a compreensão de suas ações à frente do jornal. Sabendo que é impossível capturar todas as especificidades presentes nos sujeitos e nos múltiplos espaços permeados por estes mediadores culturais, optou-se por trazer luz sobre a Nova Iguaçu negra, fruto de (des)encontros e atravessada por egressos do cativeiro. Assim sendo, propõem-se um diálogo profícuo com a Geografia por intermédio de Cunha (2008), a fim de nortear os critérios que balizam o entendimento do que vem a ser, em uma escala macro, a região da Grande Iguaçu, o espaço físico que comporta em seu território quase todos os municípios que no futuro formarão a Baixada Fluminense e, e numa escala menor, o município de Nova Iguaçu. O jornal não-pedagógico (CAMPOS, 2012) a partir de suas investidas nos diferentes estratos da sociedade do período, buscava memorar uma tradição (HOBSBAWN; RANGER, 1984). A possibilidade de uma imprensa negra no Sertão emerge a partir da categoria do “não-dito”, analisando as imagens publicadas em edições comemorativas do periódico dialogando com os escritos de Burke (2004) sobre a utilização das imagens como evidências para as pesquisas em História da Educação. Ao fazer uso dessas evidências, abre-se uma nova frente de possibilidades em relação a questão étnica dos grupos que transitavam pela folha. Ao estampar na primeira página um afroiguaçuano, intelectual, atuante no cenário público local e regional, o periódico demarca-se como um jornal negro, feito e capitaneado por mãos negras. A diagramação da página, o tamanho e a centralização da fotografia, o cuidado na escolha da melhor imagem, indiciam toda a intencionalidade na produção desta memória histórica jornalística local. Em termos metodológicos, este resumo dialoga também com a História Local da Educação e a historiografia da Baixada Fluminense a partir dos trabalhos produzidos por Dias (2014) e Nascimento; Bezerra (2019). Por fim, espera-se colaborar em novos entendimentos sobre as histórias da educação na Baixada Fluminense, região estigmatizada que por vezes é associada à violência e ao descaso do Poder Público.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Baixada Fluminense; Imprensa; História</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Diogo Piassá das Mercêshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16206DISCURSOS DE NACIONALIZAÇÃO E INSPEÇÃO ESCOLAR NA PRIMEIRA CONFERÊNCIA DE ENSINO PRIMÁRIO EM SANTA CATARINA (1927)2023-02-09T10:54:15-03:00Tibério Storch de Souzatiberioww@gmail.com<p>O presente artigo foi criado a partir dos resultados obtidos na pesquisa realizada durante o Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do grau de Bacharel em História. Esta pesquisa perpassa os prismas da História da Educação e da História Política em Santa Catarina e busca contribuir com as discussões acerca do envolvimento de intelectuais, educadores e políticos na promoção e debate acerca das políticas de nacionalização do ensino no estado durante a Primeira República, com foco direcionado em analisar as teses e discursos registrados nos Anais da 1ª Conferência Estadual de Ensino Primário de 1927. Este documento está disponível em formato digital no Repositório Institucional da Universidade Federal de Santa Catarina, ele é formado por teses, pareceres e os debates de diferentes intelectuais que foram primordiais para pensar a educação no Estado. O evento ocorreu em Florianópolis e teve seis dias de programação, de 31 de julho a 5 de agosto de 1927, do mesmo participaram professores, intelectuais renomados, políticos, diretores e inspetores de ensino, que se reuniram com intuito de discutir os principais problemas que afetavam a educação primária em Santa Catarina. Ao todo foram submetidas 51 teses para serem apresentadas no evento, estas estão divididas em quatorze eixos temáticos pré-definidos. Nesse sentido, foram escolhidas quatro teses para serem abordadas neste artigo, duas do eixo temático “Nacionalização e Ensino” e duas do eixo “Inspeção Escolar”, destaco que abordarei a nacionalização do ensino em duas frentes, sendo a primeira os discursos propriamente ditos que versam sobre o nacionalismo e seu papel no ensino e, também através de seu viés fiscalizador e sua principal ferramenta, a inspeção escolar. Para efetuar a operação historiográfica de historicizar o presente objeto de pesquisa utilizei como ferramentas teóricas os estudos de Serge Berstein (2009) acerca do conceito de cultura política, além das contribuições de Jean-François Sirinelli (1998) e Ângela de Castro Gomes para entendimento dos sujeitos presentes na Conferência dentro do conceito de intelectual. As propostas e projetos educacionais arquitetados pelo restrito grupo de intelectuais e políticos participantes da 1ª Conferência Estadual de Ensino Primário se consolidaram ao redor da afirmação da identidade brasileira mediante, principalmente, as instituições de ensino primário. Nesse sentido, foi possível perceber como Santa Catarina colaborou para o processo de formação e reafirmação dessa identidade brasileira, fazendo parte do cenário de políticas executadas numa esfera maior, a nacional.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Tibério Storch de Souzahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16217A AUTONOMIA COMO DESVIO EM MANOEL BOMFIM: 2023-02-27T14:27:47-03:00Marcela Cockellmarcelacockell@hotmail.com<p>Manoel Bomfim (1868-1932) foi um intelectual engajado, sergipano, médico por formação, atuou na política, jornalismo e como escritor, se dedicando essencialmente à educação. Foi um intérprete das transformações urbanas, sociais, políticas e educacionais na Capital Federal que se desenvolveram a partir início do século XX, no contexto da Primeira República (1898-1930). Perpassou a <em>Belle Époque</em> tropical (1889-1914), conforme Needell (1993), movimento em que os ideais de modernidade e progresso emergiam como um modo de pensar uma nação civilizada e democrática. Suas críticas em torno dos atenuantes problemas sociais e educacionais existentes no Brasil também se voltaram para a América Latina, especialmente a partir de sua obra <em>A América Latina: males de origem (1905). </em>Neste trabalho consideramos a ação e produção de Bomfim em torno da temática da educação destacando sua sociabilidade (Sirinelli, 2003) e concepções a partir de um contradiscurso (Foucault, 2002), em que justifica que o atraso brasileiro não seria uma questão de raça, mestiçagem e condição climática, mas de educação. Este posicionamento contracorrente foi inaugurado pela sua obra <em>A América Latina: males de origem</em> (1905), escrita na França em viagem numa comissão pedagógica para estudos de psicologia experimental que marca também um modo de observar o Brasil e a América Latina pelas suas identidades e culturas. Pretendemos refletir sobre a linha de pensamento de Manoel Bomfim, na perspectiva da história da educação, a partir de sua produção de 1905 até 1931 traçando no conjunto de suas questões, a educação como ciência, teórica e prática, especialmente centralizada na criança e a formação da nação. Bomfim (1905) buscava a “cura” para os “males” brasileiros pelo viés da educação e na valorização da identidade nacional a partir da ideia da independência visando o progresso, questões que constituem seu um projeto discursivo que articulou a sua circulação em diferentes espaços e o seu trânsito em contextos históricos. O recorte proposto é referente à obra <em>A América Latina: males de origem </em>(1905), que marca seu pensamento contracorrente e a sua última obra,<em> Cultura e educação do povo brasileiro</em> (1931). Bomfim refletiu em sua produção escrita avanços em relações às concepções educacionais, como o caráter formativo do professorado e estudos de psicologia e pedagogia, além da higiene e moral da criança, num diálogo com as concepções escolanovistas. A partir da sua teoria do parasitismo social buscou compreender aspectos da desigualdade brasileira pelo viés da tradição e cultura refletindo sobre a interdependência, mas também de autonomia um movimento pertencente em ambas as facetas, de autor/ator e pertença intelectual.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Marcela Cockellhttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16223 A ESCOLA, O ANALFABETISMO E A INTRUÇÃO PRIMÁRIA OBRIGATÓRIA NA PERSPECTIVA DE OLAVO BILAC2023-02-28T15:04:58-03:00Ednilsa Mendonçadidiecm@yahoo.com.br<p>Esse trabalho é dirigido ao eixo temático Intelectuais e projetos educacionais e tem como objetivo ressaltar a imagem de Olavo Bilac como um intelectual da Educação na Primeira República, através do seu pensamento político e social sobre a escola, o analfabetismo e a instrução primária obrigatória. A intenção é problematizar o lugar que Bilac percebe a Educação naquele contexto histórico. Por exemplo, Olavo Bilac (1902), em artigo publicado no vespertino <em>A Notícia, </em>chama o Rio de Janeiro de cidade de analfabetos. Sua indignação maior, é o fato de que a instrução primária no Brasil não é obrigatória e que o Brasil, de todos os países da América é o que tem o maior número de analfabetos.</p> <p>Vemos Bilac como um intelectual mediador, segundo o conceito metodológico de Sirinelli (2003), na medida em que ele foi um ator político-social em várias frentes no campo da Educação, através de seus livros, artigos em jornais e inclusive com cargos de gestão pública na educação.</p> <p>No presente artigo, utilizaremos como fonte crônicas escritas e publicadas por Bilac em diferentes jornais da época como O Estado de São Paulo, A Notícia, A Gazeta de notícias e algumas de suas obras.</p> <p>Para dialogar com o intelectual, trazemos no texto autoras como Lilian Moritz Schwarcz (2019) e Dulce Pandolfi (2020) refletindo sobre as questões históricas relacionadas ao debate como a desigualdade social e as questões raciais. (SCHWARCZ, 2019) lembra que com a proclamação da República, a União passou a controlar o ensino secundário e o superior, enquanto que para os Estados, ficou a missão de abrir escolas primárias e cursos profissionalizantes: as escolas técnicas para os homens e as escolas normais para as mulheres. As teorias raciais, legitimadas pela ciência, tornarão esses espaços de possibilidade de mobilidade social, um impeditivo para os negros. Dulce Pandolfi (2020) enumera as razões estruturais para a desigualdade social no país: as razões históricas; as formas de rupturas; as formas que a sociedade brasileira incorporou os seus direitos e como construímos nossas narrativas histórica</p> <p>Entendemos que Olavo Bilac compreende a Educação e principalmente, a instrução primária obrigatória no Brasil como fundamental para o desenvolvimento do país, contrariando as teorias raciais da época. Para o jornalista, a falta da obrigatoriedade da instrução primária, é substituída pela boa vontade, propaganda e coragem incansável dos professores.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ednilsa Mendonçahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16341OS CONCEITOS DE FAMÍLIA A PARTIR DA ÓTICA DOS ESTUDOS CULTURAIS NA LITERATURA INFANTOJUVENIL DO PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO E MATERIAL DIDÁTICO2023-08-17T12:07:19-03:00Josefa Angelina Dias Santosgsbalthazar@gmail.comGregory da Silva Balthazargsbalthazar@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo analisar a presença dos conceitos de família a partir da ótica dos Estudos Culturais na literatura Infantojuvenil do Programa Nacional do Livro e Material Didático (2018- 2023) nos anos iniciais (1ª ao 5º ano) do Ensino Fundamental. O interesse em discutir essa temática surge a partir da compreensão de que a família é a base da sociedade e que os seus conceitos apresentam modificações durante a evolução humana. Nesse âmbito, entende-se que obras literárias infantojuvenis, apresentam significativo potencial de proporcionar à criança o hábito pela leitura, além de desenvolver sua criatividade, raciocínio, e curiosidade, estimulando sua visão crítica. A escola é um local propício para a formação de crianças e jovens, e, ao oferecer, para esses, o acesso à leitura, contribui para a composição de uma sociedade democrática. Trata-se, portanto, de uma pesquisa bibliográfica e documental, com abordagem qualitativa, a partir da análise de obras literárias que foram selecionadas em 2018 e distribuídas nas escolas públicas, com foco no conceito de família. Para a análise dos dados coletados, será usada a técnica de análise documental, com base em Cellard (2008) e a análise cultural-midiática.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16230JORNAL FOLHA DO NORTE2023-03-01T00:41:45-03:00Edilsa Mota Santos Bastosedilsamota@hotmail.com<p>O trabalho intitulado de “Jornal Folha do Norte: uma conexão em prol da história da educação feirense”, teve como objetivo investigar a relação entre o Jornal Folha do Norte e a Escola Normal de Feira de Santana - Ba durante seu funcionamento, a saber, como se dava a cobertura do Jornal em relação aos eventos da Escola? Qual era o olhar do Jornal em relação aos alunos da Escola? A partir de tais questionamentos, a pesquisa reuniu informações que contextualizou a primeira década de funcionamento da Escola, inaugurada em 1º de junho de 1927, além das leituras e discussões propiciadas pela Disciplina História da Educação, Arquivo e Patrimônio Histórico Educativo, ministrada pelo Professor Doutor João Paulo Gama Oliveira, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe. É uma pesquisa de abordagem qualitativa e pesquisa documental com base nas referências de Bacellar (2018); Sousa (2019); Luz (2019); Cruz (2000, 2012); Oliveira (2019); Dínes (2009); Martins, Luca (2013); Farge (2017) e Souza (2013), artigos publicados nos editoriais do Jornal Folha do Norte com as questões mencionadas, visto que, o Jornal esteve presente em variantes momentos da existência da Escola Normal de Feira de Santana, outorgando visibilidade ao patrimônio educativo.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Edilsa Mota Santos Bastoshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16222LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL BRASILEIRA NOS REGISTROS ESCOLARES DO COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFS (1969-1981)2023-02-28T13:55:21-03:00Sayonara do Espírito Santo Almeidasayonaragestao@gmail.com<p>O presente artigo objetivou analisar a forma de ingresso, dos novos estudantes que adentraram no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe (UFS) com a implantação da Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971, que fixou Diretrizes e Bases para o ensino de 1° e 2º graus (BRASIL, 1971). O ano de 1969 corresponde ao momento em que esta instituição foi federalizada e 1981, ano em que, com a inauguração do Campus Universitário, no município de São Cristóvão (SE), o Colégio de Aplicação foi transferido para esse local. Essa mudança somada a outros fatores desencadearam outra configuração na instituição e seus sujeitos. Para tanto, foram examinados, como fonte principal, os dossiês de estudantes do citado colégio localizados no Centro de Pesquisa, Documentação e Memória do Colégio de Aplicação da UFS (CEMDAP)<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>.</p> <p>Os dossiês de estudantes compreendem um conjunto de documentos homogêneos e que apresentam uma continuidade, tais como: cópias de certidões de nascimento, fichas de matrícula, histórico escolar, folha de transferência, certificados de conclusão de curso de 1º e 2º graus, certificados de exame de admissão, declaração de funcionários públicos, fichas de inscrição para exames de seleção, boletins, atestados médicos, dentre outras fontes. Foram organizados e elaborados (em sua grande parte) pela própria instituição educativa e guardam diversas informações que constituem parte da cultura material da escola, relacionada aqui à concepção de patrimônio histórico-educativo.</p> <p>A sistematização das informações provenientes dessa massa documental possibilitou saber como a lei formal foi assimilada e praticada pela instituição. A análise pautou-se em referenciais teóricos como, Zaia (2011), Faria Filho (1998), Belloto (2004), Possamai (2012) e Paulilo (2020). Os documentos foram analisados de forma serial observando mudanças e permanências nos registros e inserindo-os em uma coletividade de outros documentos, conforme pontua Barros (2012).</p> <p>Dentre as conclusões obtidas no estudo, destaca-se a alteração na forma de ingresso no Colégio de Aplicação da UFS, a partir de 1971. Antes desse ano, a entrada de novos estudantes ocorria por meio dos exames de admissão, com a supressão desses exames, foi necessário criar novas formas de ingresso as quais variaram a depender do período: sorteio, exame de seleção e seleção por média.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Sobre o Cemdap, consultar CONCEIÇÃO, 2018.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Sayonara do Espírito Santo Almeidahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16214DOCUMENTOS DO GRUPO ESCOLAR RURAL JOSÉ ROLLEMBERG LEITE: 2023-02-21T12:00:27-03:00Andreza Cristina da Silva Andradeacs.andrade@academico.ufs.br<p>Esta comunicação, enquadrada no eixo temático Patrimônio Educativo, Arquivos e Acervos tem por objetivo revelar um esboço dos primeiros anos de funcionamento do Grupo Escolar Rural José Rollemberg (GERJRL), uma instituição pública de ensino, localizada na periferia de Aracaju, capital do Estado de Sergipe. Os dados aqui apresentados são resultantes da análise inicial de um livro de atas de promoção, um livro de ponto de funcionários e um livro de atas de reuniões pedagógicas. Esses três documentos foram produzidos entre 1953 e 1964 e estão depositados no arquivo permanente do GERJRL. Os três livros tanto possuem um valor histórico para a instituição, como também podem contribuir para investigações sobre o ensino primário sergipano no referido período. Este estudo está relacionado a uma pesquisa em desenvolvimento cujo objetivo principal é estabelecer compreensões sobre a história do GERJRL, entre os anos 1953 e 1974. Esta investigação utilizou a metodologia da pesquisa documental, dialogando com referências relacionadas com patrimônio educativo, arquivos e acervos, especialmente da área da história da educação. Os documentos analisados revelaram informações sobre os primeiros anos de funcionamento do GERJRL e sobre a história da educação sergipana. Neste sentido, a ação de salvaguardar e divulgar a materialidade da cultura escolar depositada no arquivo do Grupo Escolar Rural José Rollemberg Leite coaduna com o movimento transnacional de preservar o patrimônio educativo e contribui para a construção e manutenção da história da educação e para a história dos povos e nações. </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Andreza Cristina da Silva Andradehttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16203ESPAÇOS DIGITAIS NA PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO2023-02-07T20:22:02-03:00Bruna Luiz dos Santosbruunaluiz@hotmail.comLorrana dos Santos Gouvêalorranagouvea@hotmail.comMaria Augusta Martiarenaaugusta.martiarena@osorio.ifrs.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Diante do cenário pandêmico, a História Digital da Educação foi um importante meio para realizar pesquisas durante o período de isolamento social, um nicho relativamente recente, que recebe a nomenclatura de Humanidades Digitais. Por isso, o presente trabalho dedica-se a apresentar uma breve discussão sobre acervos digitais, com o objetivo de refletir sobre a utilização desses espaços. Martins e Dias (2019) apresentam um levantamento de dados realizado em 2018 pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) a fim de compreender a presença e a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) nos equipamentos culturais brasileiros. Desses dados, no caso de arquivos, menos da metade disponibiliza o acervo digitalizado para a </span><em><span style="font-weight: 400;">internet</span></em><span style="font-weight: 400;">. Porém, as dificuldades antecedem o processo de disponibilização dos acervos digitalizados para a </span><em><span style="font-weight: 400;">internet</span></em><span style="font-weight: 400;">: falta de financiamento e escassez de equipe qualificada não permitem realizar todas as etapas necessárias do processo que resultam nos repositórios </span><em><span style="font-weight: 400;">online</span></em><span style="font-weight: 400;"> que temos livre acesso. A partir do contato com os acervos digitais, Santos (2021) afirma que é preciso manter-se atento às metodologias utilizadas, tendo em vista que, durante a digitalização dos documentos, muitos destes têm fragmentos, pequenos ou grandes, corrompidos. Ou seja, mesmo com o suporte de mecanismos tecnológicos, como o reconhecimento ótico de caracteres, as partes deterioradas ou com má qualidade de imagem ou iluminação são automaticamente desconsideradas, pois não são reconhecidas. Por isso, não se deve abrir mão do rigor metodológico que o historiador deve ter com qualquer outro tipo de arquivo. Apesar disso, o acesso às fontes de pesquisa é possibilitado através dos chamados documentos digitais (VIDAL, 2021), tendo em vista a possibilidade de realização de uma investigação em larga escala, as quais em acervos físicos seriam inviáveis ou demandariam um trabalho sobre-humano. Dessa forma, ainda que um dos motivos para se optar pelos documentos digitais seja por conta de sua facilidade de acesso, destaca-se o importante papel dos acervos digitais na construção da memória, principalmente no âmbito das instituições educacionais. Isso porque a transferência do conhecimento às gerações futuras é facilitada por meio da manutenção dos acervos digitais. Tendo isso em vista, Vidal (2000) relata sobre a impossibilidade de recusar o produto eletrônico atualmente, levando em consideração que a linguagem virtual possibilitou a constituição de novas práticas de leitura e escrita. Afinal, não é possível deixar de lado o digital no contexto contemporâneo da atualidade. Entretanto, ainda que o uso de recursos tecnológicos nas pesquisas na História da Educação não seja tão recente, existem poucos acervos e repositórios disponíveis </span><em><span style="font-weight: 400;">online</span></em><span style="font-weight: 400;">. Logo, a pesquisa em espaços digitais deve ser mais reconhecida, para, assim, contribuir na democratização do acesso às fontes de pesquisa e na construção da memória educacional.</span></p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Bruna Luiz dos Santos, Lorrana dos Santos Gouvêa, Maria Augusta Martiarenahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16215AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO- ESCOLAR NO CODAP/UFS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO2023-02-27T10:42:16-03:00Paulo Mateus Silva Vieirapaulorowling7@gmail.com<p>Esta comunicação enfatiza a importância da preservação e difusão do patrimônio histórico escolar nos Colégios de Aplicação das universidades federais do Brasil, com foco no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe – CODAP/UFS. O objetivo é discutir resultados preliminares de ações de preservação e difusão desenvolvidas no Centro de Pesquisa, documentação e memória do Colégio de Aplicação da UFS – CEMDAP, apontando suas contribuições para a escrita da História da Educação sergipana. O ponto de partida foi o levantamento, na internet ou acervos digitais, de ações de preservação e difusão desenvolvidas no mesmo, bem como a análise de obras referentes ao tema, destacando autores como Le Goff (1990); Mogarro (2005); Viñao (2010); Camargo e Goulart (2015); Conceição (2016). Os dados levantados até o momento mostram que as ações desenvolvidas no CEMDAP vêm contribuindo significativamente para a salvaguarda do patrimônio histórico escolar do CODAP, bem como para o desenvolvimento de trabalhos referentes à História da Educação e para a formação de pesquisadores.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Paulo Mateus Silva Vieirahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16228HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL EM SERGIPE: A MISSSÃO CUBANA 1996 A 19982023-02-28T23:47:52-03:00Cândida Luísa Pinto Cruzcruzclp@yahoo.com.brAraci Bispo do NascimentoAraci@gmail.comCristiano Ferronatocristianoferronato@gmail.com<p>O presenta artigo versa sobre recente História da educação especial em Sergipe, sendo temática pouco explorada, a Missão Cubana refere-se aos especialistas na área da educação especial de Cuba, com diferentes formações a nível de mestrado e doutorado, além de possuírem experiência na sistematização da organização da educação especial no processo educacional. Desta forma nosso objetivo é refletir sobre as transformações propiciadas na educação especial ao longo da História da Educação em Sergipe com a vinda da missão cubana para o Estado de Sergipe na década de 90. A ausência de pesquisas sobre a temática propicia compreender que a área da pessoa com deficiência era silenciada como também o convênio entre Governo do Estado de Sergipe e o Governo de Cuba em 1996, para a estruturação e formação de professores na perspectiva da educação especial. O Tipo de pesquisa utilizada a História da Educação e a História Cultural com realização de pesquisa bibliográfica e levantamento de diferentes documentos oficiais, textos legais, relatórios, recortes de jornais e as parcas produção dos intelectuais sergipanos sobre o período estudado. para coleta de dados realizamos leituras e fichamentos de pesquisas da História da Educação em Sergipe, nessas leituras procuramos indícios, pistas sobre a pessoa com deficiência. A coleta de dados ocorreu em três etapas: a primeira etapa realização de levantamento de pesquisas sobre a pessoa com deficiência, a segunda etapa consistiu na leitura de pesquisas sobre a história da educação da pessoa com deficiência em Sergipe. A terceira etapa consistiu em filtrar as pesquisas que citavam a pessoa com deficiência e a história da Educação especial. Foi fator de exclusão as obras que não faziam menção a pessoa com deficiência. O Centro de Referência em Educação Especial de Sergipe (CREESE) foi fundado em 21 de fevereiro de 1997, através do Decreto nº 16.361. Revelam os vestígios a importância das ações científicas para a formação de docentes e técnicos de diferentes redes de ensino de Sergipe para atender a pessoa com deficiência. Cuba privilegia a formação docente voltada para áreas especificas na educação especial de base Vigotskiana, desenvolvendo metodologias para aprendizagem de qualquer aluno. No Brasil optamos pela política de educação especial na perspectiva inclusiva (BRASIL, 2008) e na inclusão de alunos com deficiência nas salas comuns, por dispositivos legais, mas a formação inicial e continuada dos docentes na perspectiva inclusiva é realizada de forma descontinuada.</p> <p>Palavras chaves: Educação Especial. Missão Cubana. Sergipe.</p> <p><strong> </strong></p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Cândida Luísa Pinto Cruz, Araci Bispo do Nascimento, Cristiano Ferronatohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16212O PIBID À LUZ DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA:2023-02-17T21:36:53-03:00André Henrique Boazejewski Pereiraboazejewskia@gmail.comDesiré Luciane Dominschekdesire.d@uninter.com<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho tem origem na Iniciação Científica, no Projeto “Impactos do PIBID e à Docência”, ligado ao Grupo de Pesquisa História, Educação, Sociedade e Política – GHESP, junto à participação do autor no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, analisou as aproximações entre o PIBID e a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC). Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental com abordagem qualitativa, tendo como principal base teórica Dominschek e Alves (2017), Gatti (2010, 2014), Saviani (2013, 2018, 2019) e Severino (2016). Destarte, tanto os docentes quanto os discentes, ao perpassar pelos momentos preconizados pela PHC, constituem uma visão rica e crítica acerca das implicações didático-metodológicas na própria escola, seus recursos e a íntima relação entre a teoria e a prática. Portanto, corrobora com a perspectiva defendida pelo professor Saviani na medida em que incorpora ao PIBID a luta por uma educação contra hegemônica, crítica, metodologicamente coerente, significativa e revolucionária.</span></p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 André Henrique Boazejewski Pereira, Desiré Luciane Dominschekhttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16199A ESCOLA NORMAL DE FEIRA DE SANTANA – BA E A FEMINIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO2023-02-03T16:44:13-03:00Letícia Cavalcante Lima Silvale180114@gmail.com<p>O presente trabalho faz uma breve explanação sobre a Escola Normal de Feira de Santana – Ba, no intuito de observar como esta ao oferecer formação docente para homens e mulheres contribuiu no processo de feminização do magistério. Criada no início do século XX, em 1925 com o objetivo de formar professores para atuar no sertão baiano, a instituição apesar de atender ambos os sexos, com o passar do tempo passou a ser uma escola de frequência majoritariamente feminina. Considerando-se que os papéis de esposa e mãe eram prioridade na vida das mulheres do início do século, a formação docente desenvolvida na escola contribuiu através do currículo para a consolidação desses papéis, favorecendo ainda a promoção da escolarização feminina e, inserção da mulher na docência, culminando na feminização do magistério. Trata-se de um trabalho qualitativo, parte da pesquisa em andamento no Mestrado, que investiga a feminização do magistério, ocorrido no início do século XX, através de um inventário documental utilizando pesquisas de pós-graduação, livros e artigos sobre a temática. Tem como suporte bibliográfico: Almeida (1998; 2011); Anjos (2018); Lima (2006); Sousa e Cruz (orgs.) (2012) e Sousa (2011), entre outros.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Letícia Cavalcante Lima Silvahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16227DE A LAGOA DO FAUNO AO PROJETO LABORATÓRIO DE CRIAÇÃO LITERÁRIA: UMA DOCÊNCIA ATENTA A EXPERIÊNCIAS DA CULTURA ESCRITA (1970-1980)2023-02-28T23:36:14-03:00Alfredo Bezerra dos Santosalfredob@academico.ufs.br<p>Quanto à temática, o estudo se relaciona à história do magistério sergipa[1]no. Seu objetivo é compreender a iniciativa da professora Maria da Con[1]ceição Ouro Reis no âmbito literário, ressaltando duas de suas produções. Ela é uma das docentes do ensino que colocou a escrita como objeto de sua prática social, nisso incluindo procedimentos em sala de aula. O seu magistério esteve em evidência em torno de 40 anos, tendo ensinado em escolas como o Colégio Nossa Senhora de Lourdes, o Colégio do Salvador, o Colégio Brasília, a Escola Normal, o Atheneu Sergipense, entre outros. A partir da década de1970 pertencera também ao Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe, permanecendo nele até a aposentadoria. O estudo em questão retoma notas sobre suas atividades, dialogando a partir deste ambiente escolar, observando o andamento de um de seus projetos de ensino, por exemplo, além de considerar uma de suas obras. Este estudo põe em destaque conceitos ou categorias no decorrer das discussões estabelecidas, retomando apontamentos como cultura esco[1]lar (JULIA, 2001), processo identitário (NÓVOA, 2013), literatura (CÂNDIDO, 2011), entre outros. O estudo é de caráter qualitativo (GONÇALVES, 2012), alia-se à História da Educação, e retoma textos, obras ou projetos da pro[1]fessora. As décadas de 1970 e 1980 marcam fatos importantes na vida da professora e escritora Conceição Ouro. Entre eles se conta a realização de suas produções como a elaboração do livro A lagoa do Fauno (1975) e do Projeto laboratório de criação literária (1980), ambos marcos da sua parti[1]cipação como escritora e também docente a contribuir com a formação do conhecimento no território sergipano. Como fontes ficam em destaque a produção literária da professora Conceição Ouro, e, entre elas, o menciona[1]do livro de poesia e materiais escolares do Colégio de Aplicação da Univer[1]sidade Federal de Sergipe, como o do projeto de ensino da referida docen[1]te, intitulado Projeto Laboratório de criação literária, uma obra técnica, que foi uma das experiências na educação que ela desenvolveu com alunos do 2º grau, atual ensino médio. Percebeu-se que a professora Conceição Ouro foi um importante nome da educação sergipana, que se identificou com a escrita literária e levou à sala de aula planos para execução de tarefas e envolvimento do aluno no campo literário. A sua inclinação literária e a elaboração de obras como A lagoa do fauno e o Projeto laboratório de criação literária foi um dos passos em que a experiência de uma escritora e de uma professora de língua portuguesa se fundiram, resultando em construções que marcam a história da escrita e o ensino.</p> <p> </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Alfredo Bezerra dos Santoshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16200“ESTUDEMOS!”: UMA PESQUISA PRELIMINAR A RESPEITO DO HINÁRIO ESCOLAR DE SERGIPE (1913)2023-02-04T11:38:53-03:00Thais Fernanda Vicente Rabelo Macielthaisrabelomusica@gmail.com<p>o objetivo do presente trabalho é estabelecer uma análise preliminar a respeito do <em>Hymnário Escolar Sergipano</em> (lançado em 1913), buscando estudar questões musicais e extramusicais. Através da pesquisa documental procuramos analisar fontes de diversas naturezas como partituras (fontes musicográficas), dicionários, jornais e escritos memorialísticos. Como resultados o estudo aponta para a estreita relação entre o Hinário e o ensino de música em Sergipe (ainda no século XIX), a ligação de músicos destacados na cena musical sergipana e a instrução escolar, bem como a participação de intelectuais sergipanas como autoras na obra em questão.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Thais Fernanda Vicente Rabelo Macielhttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16210OS CADERNOS DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E SUA CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL (1959-1965)2023-02-15T15:51:20-03:00Walna Patricia Oliveira Andradewalnaandrade77@gmail.com<p>Este texto apresenta compreensões iniciais sobre as contribuições dos Cadernos de Orientação Educacional, publicados pela Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário – CADES, na formação dos orientadores educacionais que atuavam nos ginásios de aplicação dos estados de Sergipe e Pernambuco. O objetivo foi analisar a formação dos orientadores educacionais, presentes nessas instituições, por meio das informações obtidas nesse material. Para tanto, foi realizada uma pesquisa na perspectiva da História Cultural, tendo como aporte teórico Chartier (1988), a partir das categorias de representação, práticas e apropriação.</p> <p>O Serviço de Orientação Educacional teve sua regulamentação nas escolas por meio da Lei Orgânica do Ensino Secundário (Decreto-Lei nº. 4.244 de 1942). A função desse serviço era orientar diretamente os alunos no tocante aos estudos e à escolha profissional, colaborando também, com esse mesmo objetivo, com o trabalho do corpo docente. Com a criação dos ginásios de aplicação (Decreto-Lei nº. 9.053 de 1946), a implantação e a estruturação do SOE nessas instituições deveriam obedecer à Lei 4.244/1942. Contudo, essa lei não definia qual seria a formação específica dos profissionais que atuariam no SOE das escolas de ensino secundário, e assim, de forma generalizada, indicava que tanto os orientadores educacionais quanto os demais professores deveriam receber uma formação conveniente, em cursos superiores apropriados. Somente no ano de 1968 é promulgada uma lei que dispõe sobre a formação do orientador educacional, a de nº. 5.564/68. De acordo com esta lei, esse profissional deveria ter formação superior em Pedagogia, com habilitação em orientação escolar, e cumpriria os papéis de educador, de conselheiro pedagógico e de investigador das relações dos alunos no ambiente, tanto escolar quanto familiar (BRASIL, 1968).</p> <p>Devido a esse panorama, a criação da CADES por meio do decreto nº 34.638 de 17 de novembro de 1953, foi muito importante, visto que com essa campanha acontece uma maior preocupação com a produção de materiais destinados a formação dos orientadores educacionais brasileiros. Entre os anos de 1959 e 1965, a CADES publicou 25 livretos intitulados Cadernos de Orientação Educacional, esses cadernos circularam por todo o território nacional e em outros países como Espanha e Peru, sendo que alguns exemplares chegaram a ter três edições. Com o objetivo de fazer chegar aos ambientes escolares materiais que contribuíssem com um melhor direcionamento no trabalho dos orientadores educacionais, os cadernos possibilitaram a esses profissionais uma melhor clareza a respeito de suas funções. As publicações da CADES demonstravam uma preocupação do Ministério da Educação e Cultura – MEC – com a formação do orientador educacional em um período no qual a legislação sobre essa profissão ainda estava sendo construída e promulgada. Porém, a história intelectual não pode ilusoriamente acreditar que os vários campos de discursos ou de práticas são constituídos de forma única, com objetos cujos contornos ou conteúdo são invariáveis, pois são as descontinuidades, as diferenças e as contradições, que de acordo com as épocas, os saberes e os atos devem ser estabelecidos como centrais (CHARTIER, 1988).</p> <p>Esta é uma pesquisa histórica, de cunho documental, apoiada nas possibilidades geradas a partir da História Cultural, que deixa de considerar apenas os documentos denominados oficiais como fontes de comprovação e passa a considerar como tal todo produto humano ou de seu vestígio, sua herança material e imaterial, que possa servir como base para a construção do conhecimento histórico. “Finalmente, uma outra tomada de consciência coletiva reconheceu que, para abordar esses domínios novos, as metodologias clássicas não eram suficientes” (CHARTIER, 1988, p. 46). Neste sentido, esta investigação utilizou como fonte os 23<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> dos Cadernos de Orientação Educacional citados acima e por meio das informações encontradas neles, analisou alguns aspectos da formação dos orientadores educacionais brasileiros.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Os cadernos de número 5 e 15 não estão salvaguardados na Biblioteca da FEUSP, por isso não foi possível acesso aos mesmos, não estando presentes nos quadros 1 e 2.</p> <p> </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Walna Patricia Oliveira Andradehttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16224AS AULAS AVULSAS DE LATIM NA COMARCA DAS ALAGOAS2023-02-28T19:09:01-03:00Ivanildo Gomes dos Santosivanildoeduc@gmail.com<p>O investimento deste estudo é revelar os primeiros focos de irradiação da cultura letrada nas Alagoas, a partir das aulas de Gramática Latina. As primeiras notícias de uma educação institucionalizada nas terras alagoanas apareceram no início século XVIII e davam conta das aulas de Latim.</p> <p>A pesquisa consistiu na localização dos primeiros mestres, dos saberes e manuais adotados, dos objetivos morais do ensino do Latim, dos embates dos professores não religiosos com a moral católica, das relações político-sociais, interesses e poder nas aulas de Gramática Latina. Estas funcionavam inicialmente nos conventos franciscanos de Santa Maria Madalena, na Vila das Alagoas (atual cidade de Marechal Deodoro), e Nossa Senhora dos Anjos, na Vila do Penedo, ambos erguidos no século XVII. Dentre os religiosos que ministravam aulas de Latim estavam frei Nicolau do Paraíso, que lecionou de 1718 a 1726 e frei Manoel de Jesus Maria, mantendo aulas de 1755 a 1758.</p> <p>Apenas no final do século XVIII e início do século XIX essas aulas passaram a ser dirigidas por professores não religiosos. As cadeiras seculares foram criadas a pedido das câmaras e eram frequentadas pelos moradores das vilas que não tinham recursos para enviar seus filhos até Recife, nem podiam pagar mestres particulares ou mesmo enviá-los a Portugal. No embate entre professores e a Igreja, João Mendes Sanches Salgueiro, primeiro professor público de Latim da sede da Comarca das Alagoas, foi acusado pela Santa Inquisição por supostamente fazer proposições heréticas, pois “mostrava desprezo das imagens de Nossa Senhora, dizia que não havia Inferno e fazia zombaria da religião”. Outro que se envolveu em contendas foi o professor José Fernandes Gama que entrou em querela com o Bispo de Olinda e Diretor Geral de Estudos, D. José da Cunha Azeredo Coutinho, acusando desvio do Subsídio Literário por parte do prelado.</p> <p>Para discussão das categorias de análise utilizou-se os aportes teórico-metodológicos de Chervel e Compère (1999), Elias (2006), Fonseca (2009) e Arriada, Nogueira e Vahl (2012), buscou-se discutir valores, crenças, costumes e normas dos diferentes grupos sociais e indivíduos. Como parte dos resultados preliminares podemos evidenciar que as ideias de civilidade, ordem e sociabilidades eram extremamente difundidas e davam o tom pedagógico da cadeira, sendo que a formação moral dos alunos dependia não apenas dos saberes contidos nos manuais, mas sobretudo, do bom exemplo que o professor deveria propagar.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Ivanildo Gomes dos Santoshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16221EDUCAÇÃO E MODERNIDADE2023-02-28T01:47:16-03:00José Penhajosepenha78@gmail.com<p>O trabalho procura compreender o processo que estabeleceu o nexo importante e decisivo entre laicidade e educação, tal como discutido pela Modernidade. Essa relação não só configurou um novo modelo pedagógico, mas, do mesmo modo, tornou-se central para o entendimento da própria Modernidade. Importa esclarecer que a forma como é interpretado o elo entre laicidade e educação será direcionada pela compreensão dada ao embate entre o religioso e o secular. A laicidade afeta não somente a ordem jurídica e política, ela alcança o projeto pedagógico que será proposto pelo Estado, visto que a educação é regulamentada e executada pelo poder público por meio de políticas específicas. Um Estado declarado laico e democrático é fruto de um processo civilizatório, do qual se espera um projeto pedagógico que reflita os pressupostos inerentes ao que se declara. Dessarte, o presente estudo se guia pela seguinte pergunta norteadora: de que forma o projeto moderno de laicização do mundo atinge a educação? O objetivo proposto é analisar como o plano moderno de laicização atinge a educação. Dele desdobram-se os seguintes escopos: conceituar a secularização e a laicidade; desenvolver o entendimento moderno de laicidade e laicização e compreender a educação e a laicidade de acordo com os pressupostos da Modernidade. Sendo de cunho teórico, o trabalho tem como base metodológica a história dos conceitos, conforme proposto por Koselleck. Esse modelo investiga tanto as experiências e estados de coisas que são capturados conceitualmente, quanto o modo como essas experiências e esses estados são conceitualizados. A partir desse prisma, a análise dos conceitos de modernidade, secularização e laicidade ganha centralidade e encontra sua ancoragem em Weber, Habermas, Pierucci, Catroga e Casanova. Primeiro, se busca evidenciar que a secularização é um processo mais amplo que a laicidade, por estar atrelada à sociedade como um todo; enquanto a laicidade é subordinada à esfera política-jurídica de formação do Direito e do Estado, possuindo como suas derivações: a laicização e o laicismo, sendo esse uma laicidade de combate, característico do processo de laicização francês, diretamente relacionado com a educação. Segundo, desenvolve-se o entendimento histórico e conceitual da Modernidade e sua compreensão da laicidade e do processo de laicização. Por fim, procura-se identificar, de acordo com a compreensão moderna descrita, a relação entre educação e laicidade, de modo que a primeira não pode ser entendida sem a segunda, o que estrutura um pensamento pedagógico moderno segundo o qual é indispensável a afirmação de uma educação laica.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 José Penhahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16196BASES TEÓRICAS DA EDUCAÇÃO PROTESTANTE NO BRASIL: ALGUNS APONTAMENTOS2023-02-02T11:41:28-03:00Douglas Lima da Costaadvdouglascosta@gmail.com<p>A presente comunicação pretende apresentar os elementos pedagógicos que subsidiaram as práticas formativas protestantes no período que vai do Brasil Império ao Período Republicano. Uma questão norteadora apresenta-se nesse contexto: quais ideias fundamentais embasam a educação protestante tal como manifestada na quadra em discussão? O objetivo é compreender o quadro teórico que orientou a atuação e a dinâmica das missões protestantes no Brasil a fim de identificar sobre quais bases a educação protestante aqui se firmou. Subsidiariamente, espera-se destacar lideranças protestantes à frente do processo educativo missionário brasileiro e analisar o seu processo de atuação, suas estratégias e seus métodos.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Douglas Lima da Costahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16193COMO AS MATEMÁTICAS SÃO APRESENTADAS NA OBRA VERDADEIRO MÉTODO DE ESTUDAR, DE LUÍS ANTÓNIO VERNEY2023-02-01T19:04:20-03:00Márcio Ponciano dos Santosponcianomarcio@hotmail.comLuiz Eduardo Oliveiraluizeduardo.dle@gmail.com<p>A obra <em>Verdadeiro método de estudar</em>, de Luís António Verney, publicada em 1746, apresenta uma coletânea de cartas, escritas pelo R. P. (conhecido como Barbadinho) da congregação da Itália ao R. P. doutor da Universidade de Coimbra. Ela foi organizada em dois tomos: primeiro e segundo. Logo na capa, tem-se explícito que os métodos ali expostos devem ser úteis à república e à igreja com o objetivo de proporcionar indicações que sejam adequadas ao estilo e à necessidade de Portugal. As cartas, composição da obra, foram publicadas na cidade de Valença (Portugal) no ano de 1746. Nesse período, a igreja católica era a maior influência nos tratados educacionais. Com a ascensão do reinado de D. José I e a nomeação de Sebastião José de Carvalho e Melo ao cargo de administrador do reino, que, mais à frente, passará a ser conhecido como Marquês de Pombal, e das ações em prol do movimento iluminista, fica cada vez mais nítida a necessidade de mudanças na conjuntura econômica, social, educacional, mais especificamente no ensino de letras (gramática) e do contar (matemática), no século XVIII, em Portugal e no Brasil. Nesse sentido, o objetivo deste artigo é identificar na obra <em>Verdadeiro método de estudar</em>, de Luís António Verney (1713-1792), como as matemáticas são abordadas e as indicações apontadas para seu estudo em um período de ascendência iluminista em Portugal. A pesquisa valeu-se da leitura investigativa dos tomos primeiro e segundo do <em>Verdadeiro método de estudar</em>, sendo identificado que, das 16 cartas que compõem a obra, as Cartas IX e X foram as que apontam com maior frequência aspectos de como as matemáticas devem ser utilizadas para compor o novo cenário descrito para o estudo de filosofia, física e lógica, conforme as necessidades e as mudanças que o movimento iluminista estava inserindo no cenário da época, especificamente na educação. Como forma de respaldo, articulam-se argumentos de autoridades de renome na história da educação, como Maxwell (1996), Franco e Fiolhaes (2018), Valente (2020), Oliveira (2022) e Santos e Costa (2022). Por meio da investigação das duas cartas, constatou-se que uma das áreas que tem seu alicerce nas matemáticas é o estudo de física, que não pode se dar sem articulação com os conhecimentos matemáticos. Percebeu-se, também, que o formato do curso de filosofia estava ancorado em bases matemáticas: aritmética, geometria e álgebra. Assim, as indicações do <em>Verdadeiro</em> <em>método de estudar</em> deixam evidente que as matemáticas são princípios basilares para o estudo dos cursos de filosofia, física e lógica, além de outras áreas que têm a necessidade de entendimentos matemáticos para alicerçar seus conhecimentos.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Márcio Ponciano dos Santos, Senhor Luiz Eduardo Oliveirahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16236A DIDÁTICA MAGNA E O RATIO STUDIORUM2023-03-02T18:59:34-03:00Oberdan da Silva de Andradeandrade_oberdan@hotmail.comEster Fraga Vila-Bôas Carvalho do Nascimentoester.fraga@souunit.com.br<p>Na perspectiva da História Cultural e da História do Livro, o presente texto propõe analisar alguns aspectos do método pedagógico presentes na Didática Magna, publicada em 1657 pelo protestante João Amós Comênio e, no <em>Ratio Studiorum</em>,documento publicado em 1599, e representava a educação católica instituída pela ordem jesuíta. Além disso, serão registrados os dados biográficos principais dos seus respectivos autores. Embasado nos pressupostos da abordagem qualitativa, optou-se como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica e documental, tomando como fontes as respectivas publicações de 2011, da Didática Magna e, de 2019, d’O Método Pedagógico dos jesuítas: o <em>Ratio Studiorum</em>. O referencial teórico-metodológico ancora-se em Burke (1992) e Chartier (1994), por contextualizarem a História Cultural e a História do Livro; em Barreto, Nascimento e Sales (2013), por tratarem de impressos protestantes e católicos; em Oliveira (2016), por analisar rupturas e continuidades entre os jesuítas e as reformas pombalinas; e, no método indiciário (Ginzburg, 1989), o qual o define como “[...] um método interpretativo centrado sobre os resíduos, sobre os dados marginais, considerados reveladores”. Essas primeiras aproximações apontam a existência de semelhanças e distinções entre as duas fontes estudadas.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Oberdan da Silva de Andrade, Ester Fraga Vila-Bôas Carvalho do Nascimentohttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16213A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA E A EDUCAÇÃO PRISIONAL:2023-02-17T22:24:19-03:00André Henrique Boazejewski Pereiraboazejewskia@gmail.comDaiana da Silva Walkiudaianawalkui@gmail.comElaine Oliveira Santoselaine.ibbcfi@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho versa sobre a Pedagogia Histórico-Crítica (PHC) enquanto subsídio didático-metodológico para a Educação do cárcere, tendo como ponto basilar seus impactos nesse ambiente. Como metodologia, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental com abordagem qualitativa (SEVERINO, 2016). Assim, conforme o Artigo 205 da Constituição Federal Brasileira de 1988, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988). Dessa forma, ela é vista enquanto fator de transformação social e crescimento pessoal, possibilitando diferentes oportunidades à sociedade, que deveriam ser iguais para todos, o que, infelizmente, não ocorre. Nesse sentido, faz-se necessário compreender como a educação se insere no ambiente prisional, analisando sua perspectiva formativa, didático-metodológica, pedagógica e sociocultural (SILVA, 2007; GOMES, 2012; JULIÃO, 2017). Nesse raciocínio, a Pedagogia Histórico-Crítica, enquanto vínculo e mediação entre educação e a prática social (SAVIANI, 2018), possibilita compreender as diferentes dimensões da realidade escolar e suas contradições; a relação entre teoria e prática, de forma coerente, qualitativa e crítica; entre educação e política; a importância da apropriação dos conteúdos escolares e a mudança dos próprios agentes sociais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. Dessa forma, tal proposta ao nortear e dar subsídios aos educadores que atuam no ambiente prisional, articulando seus cinco momentos propostos, promove um amparo educacional mais qualitativo, crítico e que considera suas especificidades.</span></p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 André Henrique Boazejewski Pereira, Daiana da Silva Walkiu, Elaine Oliveira Santoshttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16211REGRAS DE BEM VIVER2023-02-16T14:55:09-03:00Juselice Alves Alencartuca-alencar@hotmail.com<p>Este artigo tem por objetivo analisar o sentido de prescrições médicas a respeito da educação feminina em teses escritas e defendidas por médicos da Faculdade de Medicina da Bahia, na segunda metade do século XIX. Para tanto, as fontes manipuladas foram 12 teses médicas do período de 1851 a 1898 identificadas, selecionadas, coletadas e analisadas, do acervo da Biblioteca Gonçalo Moniz / Memória da Saúde Brasileira/ Faculdade de Medicina da Bahia / UFBA, especialmente aquelas que construíram um discurso em torno da educação das mulheres que resultou em prescrições higiênicas de comportamento, higiene da gravidez e do casamento, amamentação, cuidados com a saúde, para mães e esposas, o artigo discorre sobre as regras prescritas pelos médicos higienistas da Faculdade de Medicina da Bahia, de maneira que o comportamento da mulher se enquadra dentro dos preceitos legais da higiene nos mais variados ambientes sociais frequentados por elas, dialogando com normas rígidas, porém de importância capital para as famílias de melhores poderes econômicos do Brasil imperial. Para compreender os discursos nas teses médicas, utilizo a abordagem historiográfica de Roger Chartier (1990,1991,1992) a respeito das representações. Desta forma, o interesse é o estudo das representações sobre educação feminina nessas teses e da noção de representação para compreender como em cada época se tecem as relações sociais. Como resultado de pesquisa documental, ficou evidenciado que a inserção dos médicos no ambiente das famílias da segunda metade do século XIX, no Brasil, passou a ter um papel de fundamental importância na modificação dos hábitos da sociedade e de interventores nos problemas de ordem social, agindo como construtores de uma nova nação pensada cientificamente, e, portanto, passiva dos preceitos e das normas médicas. Gondra (2004, p. 49) diz que “a medicina buscou, no século XIX, ocupar um lugar central no seio da sociedade, com vistas a projetar seus princípios e métodos”. Passa, desta forma, a exercer um papel social, transformando-se em vigilante do comportamento de toda a sociedade e com foco na vida privada das mulheres.</p> <p> </p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Juselice Alves Alencarhttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16204IDALINA MARGARIDA DE ASSUNÇÃO MEIRA HENRIQUES: PROFESSORA, FUNDADORA E DIRETORA DO PRIMEIRO COLÉGIO PARTICULAR FEMININO NA CIDADE DA PARAHYBA DO NORTE (1865-1875)2023-02-07T21:08:14-03:00Aldenize Ladislaudenize.silva2015@hotmail.com<p>Em 1865, Idalina Margarida Assunção Meira Henriques assumiu o cargo de diretora daquele que seria o primeiro colégio particular para meninas na capital da Parahyba do Norte. Aliás, não apenas exerceu o cargo de diretora como foi ela mesma a fundadora do Colégio N. S. do Carmo. Idalina assume como diretora da escola uma posição que, por muito tempo, estava associada ao sexo masculino, rompendo com as tradições culturais que negavam à mulher administrar e obter lucro por meio de uma instituição particular. Nesse sentido, foi e é para a história da educação feminina uma pioneira entre as mulheres de sua época. Assim, a partir de sua trajetória de vida dedicada à instrução primária de meninas, objetivamos neste trabalho identificar o modo de atuação de Idalina na esfera do ensino particular, conhecer os motivos pelos quais a fizeram criar o Colégio N. S. do Carmo, além de discutir as questões de gênero que enfrentou durante a prática de sua profissão. Como referencial teórico utiliza-se autores como Joan Scott (1995) e Gerda Lerner (2019), que analisam o conceito de “gênero” para a escrita da História da Mulheres; bem como E. P. Thompson (1981), que traz contribuições importantes para a historiografia ao evidenciar as experiências dos sujeitos comuns, como Idalina. Ademais, também nos utilizamos de autores que estudam a História da Imprensa, como Socorro Barbosa (2007), Marialva Socorro (2010) e Thayná Peixoto (2017), já que a principal fonte onde encontramos registros da professora Idalina foram nos jornais, mais especificamente no <em>O Publicador (PB), </em>periódico este que tem edições referentes aos anos de 1864 a 1869, disponíveis na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional Brasileira. No entanto, para o recorte temporal desta pesquisa foi selecionado os anos em que o Colégio fundado por Idalina esteve em funcionamento na Capital, ente os anos de 1865 a 1875. A partir da imprensa do período fizemos uma busca por notícias em que a professora fosse mencionada e, então, cruzamos esses dados com a bibliografia da História da Educação da Paraíba no século XIX. Desse modo, como resultado, obtivemos um relato histórico que pretende dar visibilidade à uma mulher tão importante que foi Idalina para a história da educação feminina na Parahyba do Norte, em meados do século XIX. O espaço onde se adquiria a instrução pode ser percebido como um lugar de experiências de lutas e conquistas das mulheres desse período e também de afirmação das professoras enquanto partícipes da construção da educação na província, buscando demonstrar a capacidade intelectual colocada em dúvida pelo pensamento patriarcal vigente à época, que impunha restrições para que as mulheres ocupassem ambientes públicos ou de empresas privadas que pudessem favorecer maior liberdade social.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Aldenize Ladislauhttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16195A PARTICIPAÇÃO FEMININA NA DOCÊNCIA DO ENSINO SECUNDÁRIO: 2023-02-02T08:02:30-03:00Paloma Rezende de Oliveirarezende_paloma@yahoo.comMaria Raquel Rihel de Carvalhom.raquel.riehl@edu.unirio.brMatheus Gonçalves de Souzamatheus_souza555@hotmail.com<p>Os estudos sobre o percurso profissional das mulheres que ingressaram no corpo docente do ensino secundário do Colégio Pedro II, em meados dos anos de 1930, indicaram a existência de uma hierarquia entre os professores, bem como categorias distintas. Enquanto os professores catedráticos, com estabilidade, tinham exclusividade na composição da Congregação, sendo responsáveis pela definição dos programas de ensino e pela seleção dos docentes que constituiriam as cátedras de ensino os professores suplementares assumiam as turmas divididas em decorrência do elevado número de alunos, ficando sobre a supervisão do professor catedrático. As mulheres, após quase uma década de ensino exclusivamente masculino, ingressaram no corpo docente como suplementares das cadeiras referente às matérias de ciências e línguas modernas (aritmética, química, francês, língua portuguesa). Os professores que compunham esta Congregação eram também responsáveis pela produção intelectual tanto dos materiais didáticos, quanto de ideias pedagógicas propagadas na imprensa, constituindo os campos de conhecimento referentes ao ensino secundário. E uma vez que a instituição de ensino secundário era oficial, várias instituições pelo país adotavam suas obras como referência. Diante de tal constatação, é preciso lembrar que as mulheres, mesmo após ingressarem na instituição como docentes, não participavam como membros desta Congregação, com isso, buscamos neste estudo perceber quais estratégias elas utilizavam e quais as contribuições elas deram à produção de conhecimento no e pelo magistério secundário, apesar das restrições. Nesse sentido, buscamos por meio de pesquisa documental e que utiliza o gênero como categoria relacional, estabelecer possíveis aproximações dos percursos profissionais destas professoras com a nova acepção de “intelectual” trazida por Gomes e Hansen (2016), que se diferencia da perspectiva tradicional da história política. Nesse sentido, buscou-se perceber as possíveis articulações entre estas professoras e os demais sujeitos que compõem o programa institucional do Colégio Pedro II em movimentos intelectuais, artísticos e culturais, cujas produções tinham circulação local nacional ou internacional viabilizada pela prática editorial da tradução, constatar se houveram práticas diferenciadas e contrastantes de apropriação local destes modelos pedagógicos que se buscava inculcar de maneira homogênea nos sujeitos e na formação dos professores, e ainda analisar as teses produzidas pelos professores, a fim de identificar a participação feminina na construção de campos de conhecimento no ensino secundário.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Paloma Rezende de Oliveira, Maria Raquel Rihel de Carvalho, Matheus Gonçalves de Souzahttps://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/eshe/article/view/16201A FORMAÇÃO DE ENÓLOGOS NA SERRA GAÚCHA (1959-1995): DIÁLOGOS ENTRE FOTOGRAFIAS E CULTURA ESCOLAR2023-02-04T14:26:59-03:00Caroline Cataneoccataneo27@gmail.com<p>A região da serra gaúcha é a principal região produtora de uvas e vinhos no Brasil. No ano de 1959, e a partir de demandas da sociedade, especialmen- te vindas do setor empresarial da região, é implantada a Escola de Viticul- tura e Enologia, atual IFRS Campus Bento Gonçalves com vistas a formar grupo profissional até então inédito no país: a do Técnico em Viticultura e Enologia. A pesquisa tem por objetivo tecer uma análise acerca do proces- so de escolarização profissional dos enólogos a partir da noção de cultura escolar preconizada por Julia (2001). Os documentos mobilizados neste trabalho são predominantemente as fotografias escolares do período (1959-1995) a serem analisadas a partir da análise documental histórica, ancorada nos pressupostos de Cellard (2012). Além disso, objetiva refletir acerca das relações entre fotografia e história da educação profissional, a partir das pontuações de Burke (2004), Ciavatta (2002, 2012) e Kossoy (2014). A partir da análise das fotografias é possível identificar alguns as- pectos que conformaram a cultura escolar da instituição, em consonância, muitas vezes, com as diretrizes para o ensino profissional agrícola no pe- ríodo, baseado em uma pedagogia altamente tecnicista. Observa-se ainda o predomínio de fotografias que representam atividades práticas laborais, a pouca presença feminina no curso, além das representações regionais como a presença da igreja católica nas atividades institucionais. As mu- danças ocorridas na instituição e no curso também são possíveis de serem observadas nas fotografias, pois como salienta Magalhães (2004, p. 155), “nada na vida de uma instituição escolar acontece, ou aconteceu por acaso, tanto o que se perdeu ou transformou, como aquilo que permaneceu”.</p>2023-08-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Caroline Cataneo