AVALIAÇÃO DO CONTROLE DE TRONCO E DA FUNCIONALIDADE DE CRIANÇAS COM PARALISIA CEREBRAL EM UM SETOR DA EQUOTERAPIA.
Palavras-chave:
Criança, Equoterapia, Paralisia CerebralResumo
INTRODUÇÃO: A paralisia cerebral é um conjunto de distúrbios não progressivos devido a alterações neurológicas, prejudicando o desenvolvimento cognitivo e/ou motor. O acometimento do sistema nervoso pode ocasionar desordens posturais, cinestésicas, na fala, comportamentais e na percepção do indivíduo, criando limitações em suas atividades de vida diária (AVD’s). A equoterapia é um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo como instrumento terapêutico com o foco voltado para a promoção do desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo como paralisia cerebral. Diante das condições que afetam o controle de tronco e a funcionalidade de crianças com paralisia cerebral, a equoterapia tem sido um recurso para as AVD’s. Sendo assim, se faz necessário um aprofundamento nessa forma de abordagem para que haja mais estudos e comprovações positivas acerca do tratamento para que seja executado de forma eficiente visando corrigir os movimentos executados de maneira errada, para então, obter movimentos mais precisos e corretos. OBJETIVO: O objetivo do estudo é realizar uma revisão integrativa sobre os benefícios da equoterapia para o controle de tronco e funcionalidade da criança com paralisia cerebral. METODOLOGIA: Trata-se de umarevisão integrativa da literatura tem por objetivo reunir estudos publicados entre o período de 2004 a 2019 que estiverem em português e inglês. Serão realizadas buscas nas bases de dados Scielo (Scientific Electronic Library Online) e PubMed com base nas seguintes combinações: Equoterapia (hippotherapy) AND Paralisia cerebral (Cerebral Palsy) AND Crianças (Children), utilizando o operador booleano AND. RESULTADOS: Foram selecionados 12 artigos completos de acordo com autor, título, ano de acordo com o delineamento dos benefícios apresentados no uso da equoterapia como forma de terapêutica. Dos 12 estudos, cinco observaram que o controle cervical e o controle de tronco estavam presentes no final do tratamento com melhora em atividades como: alimentação, higiene pessoal, banho, vestir-se, mobilidade, locomoção, comunicação, interação social, resolução de problemas. Sendo então demonstrado diferenças das avaliações antes e depois da equoterapia, sendo elas significativas ao tratamento para cada segmento corporal. CONCLUSÃO: Foi observado nos estudos grande eficácia diante do uso dos sistemas de avaliação Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI) e do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) e com a importância de estratégia de tratamento por meio da equoterapia diante os aspectos de controle de tronco presente em crianças com paralisia cerebral em uma faixa etária de 0 a 12 anos. Portanto, a equoterapia é capaz de promover controle postural e coordenação de movimentos, pois melhora as relações das partes superiores com as inferiores do tronco.
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