ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE ACADÊMICOS: UMA ANÁLISE BASEADA NO GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA.
Palavras-chave:
Comportamento alimentar, estudantes universitários, hábitos alimentares.Resumo
Introdução: O atual cenário epidemiológico e nutricional brasileiro é caracterizado pelo aumento das taxas de sobrepeso e obesidade e de outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), o que já configura um grave problema de saúde pública mundial. Nessa perspectiva, o público de estudantes têm sido apontado como um grupo de risco, sendo evidenciado na literatura que a alimentação seguida pelos estudantes é caracterizada pela baixa ingestão de frutas, verduras e legumes e, pelo alto consumo de alimentos ricos em gorduras, sódio e açúcares, necessitando portanto de uma atenção especial. Nessa conjuntura, o Guia Alimentar Para a População Brasileira, publicado em 2014 pelo Ministério da Saúde com apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), traz inovações nos campos de educação alimentar e nutricional, através do estabelecimento de princípios e diretrizes que norteiam hábitos de vida saudáveis e equilibrados, com o objetivo de assegurar a promoção e proteção da saúde e a prevenção de doenças. Objetivo(s): Avaliar o padrão alimentar e o estado nutricional de estudantes universitários baseado no Guia Alimentar Para a População Brasileira. Metodologia: Estudo transversal descritivo, observacional e quantitativo, previamente aprovado pelo comitê de ética e pesquisa sob o parecer de n° 4312723, composto por acadêmicos que aceitaram participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). A avaliação foi feita através de um questionário online, onde o rastreio das práticas alimentares foi realizado com base no questionário do Guia Alimentar para População Brasileira de 2014. Posteriormente, o padrão alimentar foi categorizado em: alimentação saudável (acima de 41 pontos), alimentação inadequada (até 30 pontos) e alimentação que necessita ser melhorada em alguns aspectos (entre 31 e 41 pontos). Os dados antropométricos que foram coletados (peso e altura referida) permitiram a apuração do Índice de Massa Corporal (IMC), classificado de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Resultados: Foram coletados dados de 190 acadêmicos, compostos predominantemente pelo sexo femino (68,9%) e dos cursos da área da saúde (57,8%). Observou-se que 44,7% dos participantes foram classificados com um padrão alimentar que necessita ser melhorado. Em relação ao estado nutricional, a condição de sobrepeso juntamente com a obesidade atingiram 30% da população. Conclusão: O público avaliado é acometido por um padrão alimentar inadequado, o que favorece o aparecimento de agravos crônicos. Somado a isto, o excesso de peso e a obesidade ainda acometem uma parcela expressiva dos estudantes. Portanto, faz-se necessário a elaboração e execução de políticas públicas e programas intersetoriais que visem promover a educação e segurança alimentar e nutricional, especialmente na universidade, considerado um local estratégico para a promoção e proteção da saúde.
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