HÁ IMPACTOS DA MENSTRUAÇÃO NO COTIDIANO DE VIDA DAS MULHERES EM IDADE FÉRTIL?

Autores

  • Lizianny Toledo Centro Universitário Tiradentes
  • Maria Izadora Maciel
  • Silmara Mendes Costa Santos

Palavras-chave:

Impactos, Menstruação, Mulher.

Resumo

Introdução: Cerca de metade da população mundial menstrua uma vez por mês durante quatro a sete dias por um período de trinta a quarenta anos. Por uma questão cultural, no entanto, a ejeção do fluido menstrual tornou-se uma abjeção, razão pela qual muitas pessoas a consideram um tabu e muitas também a culpam por sua exclusão como sujeito social (SALA, 2020). Sabe-se que no Brasil milhares de mulheres não têm infraestrutura nem suporte básico para cuidados menstruais, atrelados a isso vêm os sintomas da dismenorreia, caracterizados por cólicas, enxaquecas e dores nas pernas, fatores estes que por muitas vezes interferem no desempenho escolar e no trabalho. É evidente o quanto, historicamente, a menstruação não tem sido pauta das políticas públicas, pouco se fala a respeito de um tema tão importante que permeia o universo feminino em idade reprodutiva, e é por isso que vem a importância de desmistificar essa temática e abordar questões acerca dos impactos da menstruação no cotidiano das mulheres. Objetivos: Investigar os impactos da menstruação no cotidiano de vida das mulheres em idade fértil, identificar os fatores ligados à menstruação que podem afetar a vida das mulheres em idade fértil, conhecer as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica durante o período menstrual e apresentar as implicações que podem comprometer o desenvolvimento pleno da mulher no período menstrual. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, observacional, prospectivo e descritivo. O presente estudo irá realizar um questionário padronizado sobre o tema proposto com mulheres em idade fértil, fazendo perguntas relacionadas a desconforto menstrual, falta no acesso a condições de saúde e se já precisaram faltar o trabalho ou a escola, devido à interferência da menstruação no seu cotidiano. Os dados serão coletados por meio de uma ficha e, posteriormente, planilhados para comparação estatística. Resultados esperados: Espera-se que, após o levantamento de dados possam ser identificados os principais impactos ocasionados no cotidiano de mulheres em idade fértil e que vivem em situações de baixa renda. Conclusão: Percebe-se a importância da produção deste trabalho para analisar os impactos causados no cotidiano de mulheres em idade fértil, pois o conjunto de sintomas emocionais e físicos que ocorrem, exclusivamente, na fase menstrual afetam significativamente as atividades diárias das mulheres estendendo-se ao seu convívio social (VIEIRA, 2009). Por essa razão, vê-se a necessidade de desmistificar muitas crenças acerca do assunto, que tão pouco é compreendido em meio social, conhecendo as dificuldades enfrentadas pelas mulheres em seu cotidiano durante o período menstrual e apresentando as implicações que podem comprometer o desenvolvimento pleno da mulher em idade fértil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AMARAL, MARIA CLARA ESTANISLAU DO. Percepção e Significado da Menstruação para as Mulheres. Dissertação de Mestrado. UNICAMP, 2003.

BHATIA, S.C.; BHATIA, S. Diagnosis and treatment of premenstrual dysphoric disorder. American Family Physician 66 (7): 1239-1248, 2002.

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Menstruação e ovulação tem tudo a ver, sim. Disponível em: <https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/37-menstruacao-e-ovulacao-tem-tudo-a-ver-sim> Acesso em: 13 jun. 2021.

Fundo das Nações Unidas para a Infância. POBREZA MENSTRUAL NO BRASIL: DESIGUALDADES E VIOLAÇÕES DE DIREITOS. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/media/14456/file/dignidade-menstrual_relatorio- unicef-unfpa_maio2021.pdf> Acesso em: 13 jun. 2021.

GUYTON, A.C. e HALL, J.E. Tratado de Fisiologia médica. Rio de Janeiro. Editora Elsevier. 13a edição. 2017.

KAUR, et al., Higiene menstrual, gerenciamento e descarte de lixo: práticas e desafios enfrentados por meninas / mulheres de países em desenvolvimento J Environ Saúde Pública. 2018.

MILEI M. et al., Dismenorreia primária: tratamento. Revista da Associação Médica Brasileira. v. 9, p. 413-419. 2013.

Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Disponível em: <https://conselho.saude.gov.br/ultimas_noticias/2007/politica_mulher.pdf> Acesso em: 14 jun. 2021.

ROSA, et al. Alterações comportamentais durante o ciclo menstrual da mulher. VIII Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica I Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Tecnológica e Inovação. 2016.

Secretaria de Políticas para as Mulheres. Estudantes negras são as mais afetadas pela pobreza menstrual no Brasil. Disponível em:<http://www.mulheres.ba.gov.br/modules/noticias/makepdf.php?storyid=312 8>. Acesso em: 15 jun. 2021.

SILVEIRA et al., Síndrome de tensión pre-menstrual observada en usuarias del ambulatorio municipal de salud de la mujer. Enfermeria Global. v. 13, p. 63-84. 2014.

SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7a Edição, Artmed, 2017.

VIEIRA, et al. Impacto da síndrome pré-menstrual no estado de humor de atletas. Jornada Brasileira de Psiquiatria. v. 58, p. 101-106, 2009.

Downloads

Publicado

2021-11-12

Como Citar

Toledo, L., Maciel, M. I., & Santos, S. M. C. (2021). HÁ IMPACTOS DA MENSTRUAÇÃO NO COTIDIANO DE VIDA DAS MULHERES EM IDADE FÉRTIL?. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/al_sempesq/article/view/15262

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROVIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas