ACESSO À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE HOMENS-TRANS EM ALAGOAS

Autores

  • Evylee Hadassa Barbosa Silva
  • Joyce Nayara Duarte da Silva Centro Universitário Tiradentes
  • Alba Maria Bomfim de França

Palavras-chave:

Saúde Sexual e Reprodutiva, Acesso aos Serviços de Saúde e Pessoas Transgênero

Resumo

Introdução: Durante o período pós-II Guerra Mundial, nas décadas de 1950 e 1960, houve um grande aumento populacional, fazendo com que houvesse uma grande preocupação pelo aumento populacional, onde começou-se a haver uma discussão demográficas acerca dos métodos contraceptivos e planejamento reprodutivo, pensando assim, em questões de saúde e direitos reprodutivos. Apesar disto, a construção dos direitos sexuais e reprodutivos como direitos humanos, ainda esbarram em dificuldades relacionadas às normas morais e aos binarismos homem/mulher, masculino/feminino e heterossexual/homossexual, impedem o acesso de forma integral e a equidade desses direitos em serviços de saúde. Objetivo(s): Verificar como os homens trans em Alagoas acessam os serviços de saúde sexual e reprodutiva em Alagoas. Metodologia: Estudo exploratório, de corte transversal e abordagem quantitativa, sendo utilizada como fonte primária as informações de homens trans relacionadas ao acesso de saúde aos serviços sexuais e reprodutivos de homens trans em Alagoas. Resultados e Conclusão(ões):  Os resultados mostram que, 66,6% declaram idade entre 18-24 anos, e 33,3% entre 25-35 anos. 40% possuem ensino superior completo, 40% ensino médio completo e 20% ensino superior incompleto. 60% possuem de 1-3 salários mínimos, 20% dispõem de 04 ou mais salário mínimo e os outros 20% até 01 salário mínimo. 60% acessam aos serviços de saúde através de plano de saúde particular, e 40% através do SUS. 60% não realizaram nenhuma consulta anual nos serviços de saúde sexual e reprodutiva, 20% realizaram ao menos uma consulta, outros 20% realizaram 2-4 consultas anualmente. Nenhum dos participantes alegou já ter realizado a cirurgia de redesignação sexual, mas 60% deles afirmaram que não sentem desejo de fazê-la, outros 40% sentem o desejo de realizá-la. O acesso à citologia e colposcopia foi relatado por 33,3%, outros 33,3% continuam tendo acesso, mas não realizam e, 33,3%  não tem acesso aos serviços de citologia e colposcopia. O uso de hormonioterapia foi relatado por 80% dos participantes, já 20% afirmaram não fazer uso de terapia hormonal. A partir dos resultados obtidos, evidencia-se que o acesso aos serviços de saúde pelos homens trans se dá por meio da rede suplementar de saúde.Conclui-se que o acesso aos serviços de saúde pelos homens trans se dá por meio da rede suplementar de saúde. Já no que diz respeito à caracterização sociodemográfica, observa-se que tratam-se de adultos jovens, com parceiros, grau de escolaridade entre o ensino médio e o superior, renda média entre 1 e 3 salários mínimos vigentes e sem filhos. O acolhimento por parte da equipe de saúde é bastante positivo, onde a maioria dos homens trans alegaram que foram bem acolhidos e respeitados em todos os momentos da assistência.

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Referências

ANGONESE, M. LAGO, M.C.S. Direitos e saúde reprodutiva para a população de travestis e transexuais: abjeção e esterilidade simbólica. Saúde e Sociedade, v. 26, n. 1, p. 256-270. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/sausoc/a/FqFGGyngpCS9xJp4zrZYBcL/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 25 setembro 2021.

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

Barbosa Silva, E. H., Duarte da Silva, J. N., & Bomfim de França, A. M. (2021). ACESSO À SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA DE HOMENS-TRANS EM ALAGOAS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/al_sempesq/article/view/15239

Edição

Seção

Seminário de Iniciação Científica - PROBIC/UNIT - Ciências da Saúde e Biológicas