EFEITOS DA DISPNEIA E FADIGA SOBRE A CAPACIDADE FUNCIONAL DE PACIENTES APÓS SARS-COV-2
Palavras-chave:
Dispneia, fadiga, funcionalidadeResumo
INTRODUÇÃO: Ao manifestar desconforto respiratório, o paciente com SARS-CoV-2 tem seu acompanhamento hospitalar com o intuito de tratar ou reduzir possíveis complicações da doença. A dispneia, a fraqueza muscular, a redução da qualidade de vida relacionada a saúde, a depressão, a redução do condicionamento físico, a ansiedade, a redução da capacidade funcional e limitações em desenvolver suas atividades de vida diária (AVD´S), são efeitos deletérios que podem perdurar-se após a alta hospitalar, devido ao longo período de hospitalização. OBJETIVOS: O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos da dispneia e da fadiga sobre a capacidade funcional de pacientes pós SARS-CoV-2. Além disso, acompanhar os efeitos da SARS-CoV-2 após 3, 6 e 12 meses após a alta hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional com delineamento transversal, no qual participaram pacientes tratados com SARS-CoV-2 oriundos de Maceió-AL e região. Após aceitarem participar, foi agendada uma teleconferência usando o Google Meeting no qual foram aplicados uma anamnese, e os seguintes questionários para a avaliação da fadiga relatada foram aplicadas as escalas: Dutch Fatigue Scale (DUFS); Dutch Exertion Fatigue Scale (DEFS) e Fatigue Severity Scale (FSS). Já para a avaliação da dispneia e a capacidade funcional, foi aplicado o Pulmonary Functional Status and Dyspnea Questionnaire – Modified version (PFSDQ-M), respectivamente. Para a análise descritiva dos dados, foram subdivididos de acordo com o sexo e o período pós-alta hospitalar. RESULTADOS: Foram avaliados 18 pacientes, sendo 9 (50%) eram do sexo feminino, com variação de idade entre 21 a 67 anos. Ao analisar os resultados dos questionários DUFS e DEFS, o sexo feminino apresentou fadiga substancial nos dois grupos, na qual se mantém presente até 12 meses após alta hospitalar. Porém, os indivíduos do sexo masculino não apresentam marcadores de fadiga pós-alta hospitalar medido através das escalas DUFS, DEFS e FSS. Os resultados obtidos através da aplicação do PFSDQ-M, demonstraram que os participantes do sexo feminino apresentaram alterações na forma de realizar as AVD’S, tal como nos escores totais devido a presença de relatos de fadiga e dispneia. Porém, para os participantes do sexo masculino não foi observado impacto significativo da dispneia e fadiga sobre as AVD’s. CONCLUSÃO: Baseado nos achados do presente estudo podemos concluir que os participantes do sexo feminino apresentaram alterações relacionada a dispneia, a fadiga e a capacidade funcional significativamente maiores que os indivíduos do sexo masculino. Consequentemente, interferindo diretamente nas AVD’S.
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Referências
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