EFEITOS DO ISOLAMENTO SOCIAL PROVOCADO PELA SARS-CoV-2 SOBRE A QUALIDADE DO SONO E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Resumo
Introdução: A epidemia provocada pelo coronavírus do tipo 2
(SARS-CoV-2), não afetou apenas a saúde física daqueles que foram
contaminados, mas também a saúde psicológica e o bem-estar da população
não contaminada em virtude da necessidade do isolamento social. Desta
forma, os estudantes universitários, que são reconhecidos como um dos
grupos com maior privação de sono e maior direcionamento às tecnologias, se
tornam uma população extremamente vulnerável a sofrer os efeitos
decorrentes do isolamento social sobre suas condições de saúde. Objetivos:
Identificar os efeitos do isolamento social causado SARS-CoV-2 sobre a
qualidade do sono e nível de atividade física de estudantes universitários.
Metodologia: Conduzimos um estudo observacional com delineamento
transversal, seguindo as orientações da Strengthening the Reporting of
Observational Studies in Epidemiology (STROBE) com aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL) para
identificar os efeitos do isolamento social causado pela pandemia da SARS-
CoV-2 sobre a qualidade do sono e os níveis de atividade física em estudantes
universitários, utilizando os questionários de Pittsburgh Sleep Quality Index
(PSQI) e Godin-Shephard Leisure-Time Physical Activity Questionnaire
(GSLTPAQ), numa coleta de dados virtual e individual. Resultados: No total,
foram avaliados 53 indivíduos, no período entre março e junho de 2021. Em
primeiro lugar, 94,33% dos participantes do estudo não tinham horário para
dormir durante o isolamento. Segundo, 43,69% dos indivíduos relataram já ter
praticado atividade física em algum momento anterior. E por último, 50,94% da
amostra classificou o nível de estresse na faculdade como estressante
associado a preocupações moderadas. A análise acerca da qualidade do sono
se deu em duas perspectivas. Primeiramente, analisamos a qualidade geral do
sono autorreferida, onde os participantes poderiam optar entre muito boa, ruim,
boa e muito ruim, de acordo com o questionário PSQI, sendo observada uma
incidência de 8 (15,09%), 20 (37,74%), 21 (39,62%) e 4 (7,74%),
respectivamente, apontando para um equilíbrio entre qualidade boa e má
qualidade do sono. Secundariamente, analisamos o resultado da pontuação
global do PSQI, sendo esta dividida em boa qualidade do sono (0-4 pontos),
qualidade ruim (5-10 pontos), e distúrbio do sono acima de 10 pontos, onde
obtivemos como resultado, 20,75%, 67,92% e 11,32%, respectivamente.
Conjuntamente, foi conduzida uma análise do nível de atividade física onde foi
baseada no resultado geral do GSLTPAQ, que considera um indivíduo com
escore menor que 14 insuficientemente ativo, entre 14-23 moderadamente
ativo e maior que 24 como ativo, onde no presente estudo, obtivemos 26
(49,06%), 9 (16,98%) e 18 (33,96%), respectivamente. Conclusão: Os
resultados deste estudo apontam para uma maior prevalência de acadêmicos
insuficientemente ativos, condição esta que não esteve atrelada à qualidade do
sono dos mesmos durante o isolamento social.
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