RASTREIO DA DISBIOSE INTESTINAL EM UNIVERSITÁRIOS
Palavras-chave:
disbiose, hiperpermeabilidade, microbiota intestinal.Resumo
Introdução: A microbiota intestinal consiste numa ampla comunidade de microrganismos, em sua maioria bactérias. Nas situações de desequilíbrios na quantidade e qualidade das mesmas sucede-se uma condição denominada de disbiose intestinal, a qual favorece o aparecimento de diversas doenças crônicas, como obesidade, diabetes e síndrome do ovário policístico. Objetivo: Avaliar a prevalência do risco de disbiose em acadêmicos. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa, descritiva com delineamento transversal, conduzida em acadêmicos de duas instituições privadas de ensino superior. A pesquisa foi previamente aprovada pelo comitê de ética e pesquisa sob o parecer de nº 4.312.745. A coleta foi realizada de forma remota com o auxílio de um formulário do google forms. Foram inclusos alunos de todos os cursos na faixa etária adulta. Gestantes foram excluídas. A mesma consistiu na aplicação de um questionário próprio de caracterização socioeconômica, estilo de vida, investigação do estado nutricional pelo Índice de Massa Corporal (IMC), o qual foi calculado por meio do peso e altura referida, avaliação das fezes com o auxílio da escala de Bristol e investigação da disbiose por meio do questionário de rastreio de disbiose validade pela FQM e do questionário de hiperpermeabilidade intestinal do Centro Brasileiro de Nutrição Funcional. Os dados obtidos foram exportados para uma planilha do software Microsoft Office Excel e a análise de estatística descritiva foi realizada no software Epi Info 7.2.2. Resultados: Ao analisar os 133 acadêmicos, verificou-se que a maioria dos participantes eram do sexo feminino (82,71%), tinham entre 18 e 31 anos (81,20%) e tinham uma renda familiar estimada em 5 ou mais salários mínimos (36,09%). Além disso, 76,69% pertencia aos cursos de biológicas e da saúde. O estado nutricional pelo IMC apontou que 33% apresentavam excesso de peso (condição que inclui sobrepeso e obesidade) e, 16,54% apresentavam as características dos tipos 1 e 2 na escala de fezes de Bristol, condição que sinaliza constipação. Quanto ao risco de disbiose, 73% apresentou com médio risco, seguido de 15% como baixo e 12% como alto. Em relação ao questionário de hiperpermeabilidade intestinal, apenas 4% foi classificado sem hiperpermeabilidade intestinal, enquanto que os demais foram classificados com algum grau de hiperpermeabilidade.Conclusão:Dessa maneira ao avaliar o risco de disbiose, foi observado que mais da metade dos participantes apresentavam risco médio de disbiose. Assim, é imprescindível estudos que abordem essa temática, visto que o bom funcionamento da microbiota intestinal impacta diretamente no estado de saúde do indivíduo, uma vez que a disbiose está associada ao aparecimento de doenças.Downloads
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