PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM ALAGOAS PERÍODO DE 2010 A 2019
Palavras-chave:
Perfil Epidemiológico, Tuberculose, AlagoasResumo
A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões além de outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch (BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS, anualmente são identificados no Brasil cerca de 80 mil novos casos e 5 mil óbitos decorrentes da tuberculose, o que coloca o Brasil entre os 22 países com mais alta carga da doença. Os casos registrados de TB em Alagoas no período de 2010 a 2019, conforme as microrregiões e o perfil sociodemográfico para o período. O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa epidemiológica do tipo transversal ecológico. A coleta de informações estatísticas ocorreu através do banco de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), coletados no Sistema de Informação de Notificação e Agravos (SINAN), software TabNet Win32 3.0. A amostra consiste em todos os casos confirmados de tuberculose notificados no estado de Alagoas no período compreendido entre 2010 e 2019, com análise de variáveis dependente e independentes. Os dados coletados demonstram que durante o período de 2009 a 2019 foram registrados 12.793 novos casos de tuberculose em Alagoas. Observamos que o ano de 2012 registrou a maior incidência com 1357 novos casos e em 2014 a menor incidência com o total de 1241 novos casos de TB. A análise referente ao perfil identifica que o maior número de individuos acometidos é do sexo masculino, com 8.151 casos registrados e o feminino registrando 4.704 casos. Em relação a raça, a população parda representa um total de 8.486 novos casos, seguido da raça branca com o registro de 1.605 casos, preta 1.503 casos, para os que se declaram raça ignorada, amarela e indígena representam 58 casos. No que se refere a raça parda em 2012 o número de novos casos corresponde a 963. Destacamos que a população indígena representa a menor quantidade de casos, quando comparado aos números totais, apresentando 10 novos casos em 2018.Os resultados encontrados neste estudo, evidenciam que a tuberculose é incidente para o Estado de Alagoas, especificamente, para a população masculina, que se autodeclara parda, entre os 25 e os 34 anos, que vivem na região de Maceió. Observamos que em 2010 foram registrados o maior número de casos confirmados, totalizando 1370, destes 816 na microrregião de Maceió notificou a maior taxa (casos confirmados) e Traipu a menor taxa com apenas 40 casos. De acordo com resultados obtidos conclui-se que, medidas de prevenção devem ser inseridas na atenção primária com foco nos fatores de risco. Considerando a persistência entre os fatores socioeconômicos e a incidência de novos casos em Alagoas. Assim, o presente estudo corrobora para ações mais efetivas por parte da Rede de Assistência à Saúde, na promoção de ações educativas relacionadas aos mecanismos de prevenção, sintomas e o segmento para efetivar a continuidade do tratamento.Downloads
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