EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NA DEPRESSÃO E ALGUNS NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS

Autores

  • Marina Silvestre de Souza Almeida Feitosa Centro Universitário Tiradentes - UNIT AL
  • Milena De Andrade Lima Centro Universitário Tiradentes - UNIT AL

Palavras-chave:

Depressão, Hipovitaminose, Neurotransmissores, Vitamina D

Resumo

Introdução: A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. Essa enfermidade afeta 350 milhões de pessoas em todo o mundo e é uma das principais causas das improdutividades nas atividades diárias. Concomitantemente, estudos apontam que a alta prevalência da depressão tem relação com a redução da exposição à luz solar, o que leva a uma redução nos níveis séricos de 25-hidroxivitamina D. A produção da forma ativa de vitamina D é sintetizada por vários tecidos, incluindo o tecido cerebral, que também possui receptores para essa substância. Dessa forma, a vitamina D como neuro hormônio está relacionada com o crescimento e desenvolvimento de células neuronais, função cerebral, liberação e regulação de neurotransmissores e efeitos no humor, portanto a 1,25(OH)2D - a forma ativa de vitamina D no corpo humano - pode ativar a transcrição da hidroxilase triptofano 2 e, assim, aumentar a síntese de serotonina (neurotransmissor que ajuda a equilibrar o humor e dá um impulso benéfico para a vida sexual, apetite, sono, memória, aprendizagem e temperatura) que é encontrada alterada na depressão. Objetivos: Revisar na literatura a correlação entre a deficiência da vitamina D e depressão, esclarecendo de que modo os neurotransmissores envolvidos com o distúrbio atuam na função cerebral. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliogáfica, um estudo descritivo de dados qualitativos, com busca realizada em setembro de 2021. Os elementos apresentados foram artigos científicos das plataformas PubMed e BVS no período que compreende os anos de 2016-2021. Resultados: A análise dos estudos realizada evidencia uma correlação entre a hipovitaminose D e o desenvolvimento da depressão, devido a disfunção dos neurotransmissores envolvidos. Foram analisados um estudo caso-controle, dez estudos transversais e três estudos de coorte com um total de 31.424 participantes. Níveis mais baixos de vitamina D foram encontrados em pessoas com depressão em comparação com os controles e houve um aumento da razão de chances de depressão para as categorias mais baixas x mais altas de vitamina D nos estudos transversais. Os estudos de coorte mostraram uma razão de risco significativamente aumentada de depressão para as categorias de vitamina D mais baixas versus mais altas. Conclusão: Apesar de serem necessários estudos mais detalhados, a literatura enfatiza que níveis reduzidos de vitamina D estão presentes em grande parte dos indivíduos portadores de depressão e que a suplementação com essa vitamina melhora escores nas escalas de avaliação da depressão e nos seus sintomas. A partir desse achado, pode-se evidenciar que a hipovitaminose D pode ser alvo de novas pesquisas como uma variável da fisiopatologia da depressão. 

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Referências

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Publicado

2021-11-12

Como Citar

Feitosa, M. S. de S. A., & Lima, M. D. A. (2021). EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NA DEPRESSÃO E ALGUNS NEUROTRANSMISSORES ENVOLVIDOS. SEMPESq - Semana De Pesquisa Da Unit - Alagoas, (9). Recuperado de https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/al_sempesq/article/view/15132

Edição

Seção

Seminários de Temas Livres - Ciências da Saúde e Biológicas