ATUAÇÃO DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA EM LESÕES CEREBRAIS TRAUMÁTICAS

Resumo

Introdução: A lesão cerebral traumática, também conhecida como Trauma Cranioencefálico (TCE), ocorre devido a uma colisão na região externa da cabeça que leva a um dano no cérebro, sendo provocada por diversos fatores, como por exemplo acidentes de trânsito, quedas, acidentes durante a prática de esportes ou até mesmo, lesões em combate. Como alternativa, a Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) é uma espécie de tratamento para as lesões cerebrais traumáticas, sendo o paciente submetido à inspiração de oxigênio puro em uma pressão maior que a pressão atmosférica. Objetivo: Evidenciar a atuação da oxigenoterapia hiperbárica em pacientes assistidos com lesões cerebrais traumáticas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura com análise descritiva e abordagem qualitativa, com buscas nas bases de dados BVS e PUBMED. Foram cruzados com o operador booleano AND os descritores “oxigenação hiperbárica”, “lesões encefálicas traumáticas” e “terapêutica”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, publicados nas línguas português e inglês entre os anos de 2016 até 2021 e disponíveis na íntegra. Já os critérios de exclusão foram: artigos pagos, publicados nos anos que antecedem 2016, livros e trabalhos de conclusão de curso. Resultados e discussões: A Oxigenoterapia Hiperbárica (OHB) tem a capacidade de corrigir e aliviar rapidamente a anóxia cerebral e o edema craniocerebral, além de reduzir a Pressão Intracraniana (PIC) e a toxicidade do oxigênio, o que melhora a função neurológica, o prognóstico, assim como a qualidade de vida dos pacientes, juntamente com melhorias significativas na imagem de tomografia computadorizada por emissão de fóton único. Já em relação a lesão cerebral crônica, a OHB melhora o fluxo sanguíneo cerebral e os distúrbios neuropsicológicos, como também possui efeitos positivos no que se refere a melhora da qualidade de vida dos pacientes com síndrome pós-concussão ou de TCE leve em estágio crônico tardio, no que diz respeito ao TCE grave, a OHB pode reduzir a mortalidade e melhorar o resultado funcional dos pacientes. Conclusão: Portanto, esta revisão demonstra que a OHB tem potencial para ser o primeiro tratamento significativo na fase aguda e grave do TCE, pois melhora o resultado funcional, reduz a apoptose neural e possibilita recuperação da função neurológica protegendo o cérebro da microcirculação, além de influenciar significativamente na condição de vida do paciente. Esses resultados foram obtidos e comprovados em outras pesquisas realizadas recentemente, evidenciando o tratamento com a OHB seguro e eficaz.