USO DA FIBRA DE COCO PARA FABRICAÇÃO DE REVESTIMENTOS MODULARES
Palavras-chave:
Revestimento modular, Fibras de coco, Material Compósito.Resumo
Introdução: De acordo com o IBGE, a produção de coco em Alagoas foi de 77.448 toneladas em 2018. Devido ao turismo, principalmente na região nordeste, existe o alto consumo da água de coco, o que após seu consumo é descartado em lixeiras comuns, podendo agir como focos de proliferação de doenças se não removido, tendo como destino final o aterro sanitário. A fibra do coco tem potencialidade de reaproveitamento, e devido a quantidade de cocos que tem seu destino o lixo diariamente, uma logística de reaproveitamento é possível. Objetivos: Desenvolvimento de um revestimento modular sustentável utilizando as fibras do coco verde após retirado sua água; avaliando sua potencialidade de uso, além de verificar a necessidade de pré-processamento dos resíduos e o melhor balanceamento entre eles e a pasta cimentícia (água+cimento). Metodologia: Levantamento dos pontos de maior descarte de cocos na orla de Maceió, desde a praia de Cruz das Almas até a de Pajuçara, utilizando-se das ferramentas do Google Earth (2019) aplicadas no software Qgis 3.16 para georreferenciamento e construção do mapa de localização. No processo de fabricação do revestimento modular, após a coleta, secagem e cardagem manual dos cocos, as fibras são colocadas em estufa por 24 horas a 110 ºC. A última etapa são os testes laboratoriais utilizando a fibra do coco como base e a pasta cimenticia como ligante na confecção de um revestimento modular para fins estéticos. No desenvolvimento, foram utilizadas duas técnicas, na primeira técnica, as fibras foram imersas na pasta, foi retirado o excesso de cimento e colocadas as fibras em um molde sob leve compressão com pilador manual para remoção do ar entre as camadas. Por fim, a secagem e desmoldagem. Foi utilizado uma segunda técnica para confecção do revestimento modular, que foi, o pincelamento com pasta de cimento nas fibras já compactadas. Resultados: Mapa de Localização dos estabelecimentos da orla de Maceió georreferenciados com uso de shapefiles disponíveis na plataforma do IBGE (2020), utilizando o sistema de referência SIRGAS 2000-ZONA 25S. Dos revestimentos modulares resultados de técnicas diferentes, observou-se que, a amostra resultante da primeira técnica necessita, de um processo de prensagem mais robusto, utilizando maior peso. Já o resultado da segunda técnica, apesar de mais firme, a amostra não manteve leveza. Conclusão: Mais testes ainda necessitam ser realizados, mas em análise preliminar verifica-se a necessidade de um melhor sistema de compressão e testes para manter as amostras finais mais leves.
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