MATERNIDADE NA PANDEMIA: CONCILIANDO TRABALHO E SUBJETIVIDADE DENTRO DO LAR E SUAS IMPLICAÇÕES
Palavras-chave:
desejo, psicanálise, e sofrimento psíquicoResumo
Introdução: O significado de trabalhar está relacionado a dedicação à uma atividade,
sendo assim é perceptível que no decorrer da história o sentido de trabalhar para as
mulheres vem sendo ressignificado. Por muito tempo, a ocupação feminina foi direcionada
aos afazeres domésticos, que ainda hoje o ato de cuidar da casa possui o maior peso
para as mulheres presentes no lar. Nos dias atuais, as mulheres possuem direito de
buscar outras dedicações, como por exemplo a ocupação acadêmica, que normalmente,
tarda a escolha de ser mãe. Objetivo(s): compreender as novas formas de conciliar
trabalho, cuidados domésticos e familiares dentro de um mesmo ambiente. Metodologia:
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica, em sites como Google Acadêmico e Pepsic,
utilizando descritores referentes à maternidade, pandemia, psicanálise. Resultados:
Sendo assim, quando a mulher tenta equilibrar o desejo de ser mãe com a vida
acadêmica se torna um grande desafio individual e social, pois a depender da
subjetividade da mulher pode-se voltar as suas prioridades para o lado da carreira ou para
o lado da dedicação familiar, e ambas as escolhas são alvos de críticas culturais. Quando
a mulher escolhe a maior dedicação à carreira, se possui dois ou mais filhos, tende a
escolher empregos mais inconstantes, ou seja, que flexibilizam com o desejo de
dedicar-se à família. Nesse sentido, é importante contextualizar a maternidade como um
conjunto de vivências da mulher num determinado contexto sócio-histórico. Os filhos
dependem de seus cuidados, afeto e tempo numa variável medida. Por outro lado,
levando em consideração também a pandemia da COVID-19, em que as relações
pessoais, dinâmicas de trabalho, afetos e etc, foram drasticamente modificados para
adequar-se às demandas pandêmicas, também exigiu que a maternidade fosse
ressignificada, fazendo com que as mães pensem no que é possível adaptar assim como
nas consequências dessas modificações. Conclusões: Com isso, as mulheres se viram
sobrecarregadas pois os seus dois ou mais trabalhos foram concentrados em um só
ambiente: o domiciliar. Conciliando a maternidade e o home office, as mulheres ao
mesmo tempo tiveram que dar de conta das necessidades de seus filhos, a luta
doméstica diária, o trabalho e a própria subjetividade como também o sofrimento psíquico
derivado desta condição. Sendo assim, necessária organização e adaptação do seu
tempo, em relação a cada demanda que o ambiente domiciliar está proporcionando nesse
momento de pandemia, respeitando cada um desses espaços para equilibrar o sofrimento
e satisfação.
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Referências
BADINTER, Elisabeth. O conflito: a mulher e a mãe. Tradução de Véra Lucia dos Reis. Rio de Janeiro: Record, 2011.
DE OLIVEIRA, Anita Loureiro. A espacialidade aberta e relacional do lar: a arte de conciliar maternidade, trabalho
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MACÊDO, Shirley. Ser mulher trabalhadora e mãe no contexto da pandemia Covid-19: tecendo sentidos. Revista do
NUFEN, v. 12, n. 2, p. 187-204, 2020.
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