POLÍTICA PÚBLICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA EJA-EPT (PROEJA) NO INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS (IFAL): O DESVELAMENTO DOS FIOS (IN)VISÍVEIS DE UMA REALIDADE
Palavras-chave:
EJA-EPT (Proeja), Formação Continuada, Políticas PúblicasResumo
A presente proposta de pesquisa surge da inquietação das condições veladas no fazer pedagógico dos docentes bacharéis ou tecnólogos que atuam na Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional e Tecnológica – EJA-EPT do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), por diversos motivos, tais como: as especificidades e singularidades dessa modalidade de ensino, as necessidades de acompanhamento pedagógico e metodologias diferenciadas para aprendizagem. Desafio também para os professores substitutos, que vêm de forma temporária e são inseridos na sala de aula da EJA-EPT (Proeja), sem ter uma mínima formação/orientação para o exercício docente nessa modalidade. Tem como objetivo, avaliar a política de formação continuada de professores que atuam nessa modalidade a partir dos documentos oficiais do Ministério da Educação (MEC), da Rede Federal e das ações de formação continuada propostas pela instituição para esse público. Destaca-se que a atuação desses docentes deve perpassar pelas três dimensões do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja), instituído pelo Decreto nº 5840, de 13/07/2006: o ensino médio, a educação profissional e a educação de jovens e adultos. É uma pesquisa qualitativa e ancora-se nos autores: Soares (2001, 2005, 2006), Arroyo (2006), Moura (2006, 2013), Souza (2000), Freire (1999), Freitas (2007), Barros (2019), e tantos outros que nos mostram que esse tema é traço marcante para uma mudança de pensamento e de metodologias entre os professores que atuam nessa modalidade de ensino. Sobre políticas públicas, dialoga-se com HOCHMAN (2007), LOTTA (2019), HOWLETT (2013), SOUZA (2006) entre outros. O lócus da pesquisa será com os quatro campi do Ifal que ofertam cursos técnicos integrados ao médio na modalidade EJA-EPT (Proeja). A metodologia utilizada centra-se na análise crítica dos corporas constituídos pelos documentos oficiais orientadores da oferta de formação continuada para EJA-EPT (Proeja) à luz das políticas públicas, e das ações instituídas pelo Ifal. Outro procedimento é a aplicação de questionário on-line com os docentes bacharéis ou tecnólogos que atuam na EJA-EPT (Proeja) do Ifal, sem identificá-los, e após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Cabe esclarecer, esta pesquisa que iniciou em abril de 2021, está na fase de coleta de dados. Os resultados esperados devem apontar uma contribuição para a formação continuada, enquanto política de formação continuada no Ifal, para professores bacharéis ou tecnólogos que atuam na EJA-EPT (Proeja), possibilitando reflexão-ação-reflexão da sua prática pedagógica e diferenciada no processo ensino-aprendizagem e apontando para a emancipação do trabalhador-estudante, a partir de saberes inovadores.
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Referências
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