ICTERÍCIA NEONATAL E ALEITAMENTO MATERNO
Palavras-chave:
, icterícia Neonatal, aleitamento materno, bilirrubinaResumo
INTRODUÇÃO: A icterícia neonatal é definida por uma descoloração amarelada da pele, conjuntiva e esclera devido à elevação da bilirrubina sérica ou plasmática no período neonatal. Na maioria dos recém-nascidos é um evento efêmero e de baixa gravidade. Esse evento pode ser desencadeado, por exemplo, pela incompatibilidade do sistema ABO e fator Rh, deficiência de glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e imaturidade dos processos do metabolismo hepático. No entanto, a icterícia neonatal associada à amamentação advém de dois mecanismos diferentes: o efeito direto do leite humano maduro induzindo o aumento da reabsorção intestinal da bilirrubina e a icterícia resultante da ingestão inadequada de leite humano. OBJETIVO: Esta pesquisa visa discutir a relação entre icterícia neonatal e suas causas pelo aleitamento materno, assim como sua repercussão na saúde dos recém-nascidos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo narrativa, de buscas on-line, abordando artigos pesquisados nas bases de dados PubMed e BVS até setembro de 2021, selecionando os materiais dos últimos 11 anos e os descritores “Neonatal’’, “Jaundice” e “Breastfeeding”. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Observa-se como alguns fatores no processo fisiológico da icterícia neonatal causada pelo leite materno, o aumento da concentração sérica de bilirrubina não conjugada e maior duração da hiperbilirrubinemia nos lactentes, pela presença de um metabólito incomum da progesterona, pregnano-3 (alfa), 20 (beta) -idol, que inibe a enzima de conjugação da bilirrubina, também pela elevada concentração de fator de crescimento epidérmico nos bebês e no leite materno, que influenciam em aumento de sua absorção no intestino do neonato. Além disso, o recém-nascido tendo uma ingestão insuficiente do leite materno, seja por uma pega inadequada, baixo volume de aleitamento materno ou frequência de amamentação menor que oito vezes em 24 horas, leva a uma diminuição na formação e excreção das fezes, assim aumentando a reabsorção de bilirrubina para o plasma, o que resulta hiperbilirrubinemia não conjugada, consequentemente, gera um quadro de letargia, desnutrição e até mesmo kernicterus. A ausência da amamentação exclusiva precoce está associada a um retardo do crescimento cerebral e distúrbios cognitivos, o que eleva indiretamente a vulnerabilidade à toxicidade de /bilirrubina não conjugada. CONCLUSÃO: Depreende-se, pois, ao ser averiguado os artigos selecionados, que a icterícia neonatal por aleitamento materno é um processo fisiológico causado tanto pelo leite maduro humano quanto pelas técnicas inadequadas de amamentação, as quais se feitas corretamente evitam a hiperbilirrubinemia (excesso de bilirrubina indireta) e a sua evolução para o retardo neurológico, letargia, desnutrição e kernicterus.
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Referências
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