PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS EM GESTANTES DO MUNICÍPIO DE MACEIÓ, ALAGOAS.
Palavras-chave:
Sífilis. Gestante. Epidemiologia.Resumo
Introdução: A Sífilis é uma patologia causada pelo agente etiológico Treponema pallidum, sua descoberta ocorrida no ano 1905 e ainda é caracterizada como relevante problema de saúde pública, principalmente por está entre as patologias transmissíveis no período gravídico-puerperal, apresentando alta incidência de infecções durante a gestação com taxas entre 30% e 100%, principalmente nos países pobres ou subdesenvolvidos. Objetivos: Traçar o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis em gestantes no município de Maceió, Alagoas, entre os anos de 2010 a 2020. Metodologia: Para a execução foram coletados dados da Plataforma DataSus, visando descrever a incidência dos casos notificados de sífilis, no período entre 2010 a 2020 do município de Maceió. Resultados: No período de 2010 a 2020 foram registrados 1.704 casos de sífilis em gestantes, os anos de 2017, 2018 e 2019 ocorreram maior incidência de casos, alcançando 249 (14,61%) em 2017, 410 (24,06%) em 2018 e 350 (20,53%) em 2019. As faixas etárias mais notificadas foram entre 10 a 19 anos com 65 (41,4%) em 2017, 116 (28,3%) em 2018 e 103 (29,5%) dos casos em 2019, e de 20 a 29 anos com 142 (57%) dos casos em 2017, 207 (50,5%) em 2018 e 188 (53,7%) dos casos em 2018. Em 2017 e 2018 o 2° trimestre foi o mais acometido com 91 (36,5%) casos e 152 (37,1%) casos respectivamente. Em 2019 o 3° trimestre foi o mais acometido com 156 (44,6%) das notificações. Entre os anos de 2017 a 2019 a raça/cor que obteve maior registros de notificações foi cor a parda com 180 (73,3%), 279 (68%) e 216 (61,7%) de casos respectivamente. Discussão: De acordo com estudos realizados no Piauí, Paraná, Tocantins e São Paulo notou-se que a faixa etária mais acometida foi a de 20 a 34 anos, com relação a idade gestacional o 2° e 3° trimestres foram os mais acometidos, já em relação à raça/cor foram as de cor pardas, ao realizar um comparativo com o Município de Maceió, Alagoas, notou-se uma similaridade em relação ao perfil epidemiológico das gestantes acometidas pela sífilis. Conclusões: A partir do analisado nota-se a importância de intensificar nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) o rastreamento dos casos de sífilis em gestantes, somado a isso é fundamental que ocorra uma maior cobertura do pré-natal, juntamente com diagnóstico precoce e tratamento. Além disso, é fundamental que ocorra como complemento dessas ações uma educação em saúde de forma continuada, visando romper a cadeia de transmissão para que ocorra uma redução dos casos de sífilis em gestantes.
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Referências
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