MACEIÓ E OS BANGUÊS: MAPEAMENTO E ESTUDO DE POSSÍVEIS ENGENHOS NA CAPITAL ALAGOANA

Resumo

RESUMO: Introdução: A colonização e ocupação do território no Brasil teve início a partir da construção de complexos produtores de açúcar, que refletiram no desenvolvimento econômico, social e político do país. Em Alagoas, vários núcleos populacionais nasceram e cresceram em decorrência dos engenhos de açúcar. O surgimento de sua capital, Maceió, foi marcado também pela existência de um engenho. Ou seja, o engenho não era apenas produtor de açúcar, mas também consistia em um núcleo social e cultural, a partir do qual poderiam surgir povoados, vilas e cidades. Contudo, com o surgimento das usinas e crescimento dos núcleos urbanos, os antigos engenhos gradativamente deixaram de funcionar, e foram esquecidos. Entretanto, as antigas propriedades outrora produtoras de açúcar, não deixaram de existir, e muitas vezes ainda guardam resquícios dos tempos de funcionamento dos banguês. Objetivo(s): Desta forma, esta pesquisa se propôs a localizar  possíveis remanescentes desses complexos no município de Maceió,  a fim de resgatar a memória e a história destas propriedades. Metodologia: Este trabalho teve como metodologia pesquisas bibliográficas, manipulação de mapas, criação de infográfico, além de pesquisas feitas em almanaques do século XIX e em sites. No que diz respeito às pesquisas bibliográficas, é possível citar algumas referências indispensáveis, como os livros "Banguê nas Alagoas" e “O Engenho de açúcar no Nordeste”, de Manuel Diégues Júnior; "A Civilização do Açúcar” de Vera Lúcia Amaral Ferlini e “Menino de Engenho”, de José Lins Rego, que contribuíram para sustentação teórica e prática, com o objetivo de discutir sobre o assunto estudado, possibilitando traçar um quadro teórico e conceitual do tema de estudo. Além disso, também foram utilizadas várias listas de engenhos existentes no município de Maceió ao longo do século XIX, como as provenientes do livro de Moacir Medeiros de Santana “Contribuição à história do açúcar em Alagoas, dos anos de 1849 e 1859; como também as disponíveis nos “Almanak da Província das Alagoas” referentes aos anos de 1873, 1880, e 1894. Resultados: Foi possível mapear prováveis localizações de engenhos, e levantar a história de cinco deles, sendo eles, Cachoeira do Meirim, Ponte Grande, Riacho Grande, Bamburral e Duas Bocas. Conclusão: Sendo assim, este projeto contribui tanto para a formação do aluno pesquisador, preparando-o para a carreira acadêmica, como também gera subsídios para futuras ações de preservação e valorização da memória dos engenhos em Maceió. Acredita-se que esses estudos possam contribuir para o reconhecimento, valorização e conservação da memória dessas edificações, como também para a  história da cidade.