COMPOSIÇÃO CORPORAL E APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DE PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA – CLUBE DE CORRIDA UFS
Palavras-chave:
aptidão física., composição corporal, corridaResumo
INTRODUÇÃO: O número de corredores de rua tem aumentado significativamente, resultando em maior volume de provas de corrida no Brasil, e Sergipe tem seguido essa tendência nacional. Dentre os objetivos principais dos corredores recreacionais, destacam-se a melhora de aptidão cardiorrespiratória (ACR) e da composição corporal (CC), com ênfase no emagrecimento. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi avaliar a composição corporal e aptidão cardiorrespiratória de corredores de rua do Clube de Corrida-UFS. METODOLOGIA: Estudo transversal em que foram avaliados 83 praticantes de corrida de rua (36 do sexo masculino, e 47, feminino). Para avaliação da CC, foram coletados dados de peso, estatura e dobras cutâneas (triciptal, subescapular, supra-ilíaca e abdominal), adotadas para estimar o percentual de massa gorda, por meio do protocolo de Faulkner (1968). Para avaliação da ACR, foi adotado o teste de Cooper (1968) de 12 minutos, que estima o VO2máx, utilizando a seguinte fórmula: VO2máx = Distância - 504,9/44,73. Os sujeitos foram avaliados em pista oficial de atletismo. Foi utilizada estatística descritiva em valores médios e desvio padrão. O teste de Shapiro-wilk foi aplicado para testar a normalidade dos dados. Assumida a normalidade, utilizou-se o Teste T de Student (amostras independentes) para verificar diferença entre os gêneros. A frequência absoluta e relativa foi utilizada para classificação da CC e ACR. Os dados foram analisados usando o SPSS versão 21.0. RESULTADOS: Os resultados serão apresentados na sequência de média e desvio padrão, para homens e mulheres. Para peso, encontrou-se 73,8±12,7 e 64,2±11,4 kg; estatura 1,74±0,5 e 1,62±0,6 m; IMC 24,1±3,9 e 24,2±3,9 kg/m², %MG 16,7±4,8% e 19,1±3,8%. Homens apresentaram valores significativamente maiores de peso, estatura e peso de massa magra, e menores de %MG. Dentre os homens, 52,8% apresentaram %MG acima da média, 33,3% baixo percentual, 8,3% muito alto, e 5,6% na média. Nas mulheres, 74,5% apresentaram baixo %MG, 14,9% acima da média e 10,6% na média esperada. No que diz respeito ao VO2máx, encontrou-se 35,3±3,02, e 26,8±6,5 mL/kg·min; homens obtiveram maior VO2máx do que mulheres. Quanto à classificação do VO2máx de homens: 30,6% muito fraco, 25,0% acima da média, 22,2% na média, 11,1% fraco, 8,3% excelente, 2,8% abaixo da média. Para mulheres, 27,7% médio, 27,7% fraco, 17,0% muito fraco, 12,8% abaixo da média, 10,6% acima da média e 4,3% excelente. CONCLUSÃO: Verificou-se que apesar de ambos os grupos estarem em eutrofia, segundo o IMC, a maior parte dos homens (52,8%) apresentou o %MG acima da média, enquanto a maioria das mulheres (74,5%), baixo %MG. Quando analisado o VO2máx, a maior parte do grupo masculino (30,6%) apresentou-se muito fraco; já o grupo feminino obteve os maiores percentuais para VO2máx médio e fraco (27,7% para ambas as classificações).