PERFIL DA FORÇA ISOMÉTRICA E DINÂMICA DE PRATICANTES DE BRAZILIAN JIU JITSU.
Palavras-chave:
Desempenho esportivo, Aptidão física, Força muscular.Resumo
INTRODUÇÃO: Os estudos que avaliam a força muscular no rendimento de atletas de Brazilian Jiu Jitsu (BJJ), ainda que escassos, têm apontado que essa variável está diretamente relacionada a um bom desempenho competitivo. Ao que se sabe, a força em seus diferentes tipos de manifestação se destaca em ações de imobilizações, em movimentos específicos (raspagens e passagem de guarda) bem como para manter o controle do adversário. OBJETIVO: Descrever o perfil de força isométrica e dinâmica conforme a graduação em atletas de BJJ do estado de Sergipe. MÉTODOS: Quarenta e cinco atletas de BJJ do sexo masculino, foram selecionados e divididos por graduação: (de faixa branca a preta), e por nível competitivo: (recreacionais; estadual; nacional e internacional).
O nível competitivo foi discriminado por relato do atleta em ficha de inscrição. Para avaliar a força muscular, utilizou-se os testes Hand Grip isométrico e Hand Grip dinâmico. No isométrico os atletas sustentaram o seu peso corporal, o máximo tempo possível, com os cotovelos em flexão máxima, segurando na lapela de um quimono preso à uma barra fixa. Após cinco minutos de pausa passiva, realizou-se o segundo teste, dinâmico, no qual os atletas executaram o número máximo de repetições de flexão e extensão total dos cotovelos segurando a lapela de um quimono preso à barra fixa. Aplicou-se uma ANOVA 1x5 entre as categorias de faixas e 1x4 entre os níveis competitivos. Teste de Sidak foi usado para comparações múltiplas (p<0,05). RESULTADOS: Os valores encontrados por faixa, para força isométrica e dinâmica, respectivamente, foram: branca (37,7±23,1 e 7,9±4,7), azul (42±13,9 e 10±3,1), roxa (46,2±12,7 e 11,7±5,8), marrom (59,2±15,2 e 14,7±6,4) e preta (61,3±11,9 e 17±2). Observou-se diferenças (p<0,05) entre faixas brancas em relação aos mais graduados (marrom e preta) tanto na força isométrica, quanto na dinâmica. Contudo, o tamanho de efeito, (força isométrica e dinâmica), mostrou uma magnitude crescente quando comparado aos faixas brancas: 0,2 e 0,45 (azul); 0,36 e 0,80 (roxa); 0,93 e 1,42 (marrom); 1,05 e 1,94 (preta). Para o nível competitivo, os valores encontrados, foram: recreacionais (32,6±16,8 e 6,4±4,39), estadual (39,17±19,50 e 9±3,53), nacional (48,11±9,55 e 12,58±5) e internacional (54,20±17,41 e 15,20±2,16). Os atletas recreacionais ou que competem a nível estadual, apresentaram diferenças (p<0,05) comparados aos que competem nacionalmente ou internacionalmente. Entre os níveis de competição mais elevados (nacional e internacional) não foi encontrado diferença (p>0,05). CONCLUSÃO: Os dados encontrados demonstram que na medida em que aumenta a graduação e/ou nível competitivo, aumentam também os níveis de força muscular, tanto isométrica quanto dinâmica.
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Referências
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