EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO CRÔNICA DE AÇAÍ SOBRE DANOS MUSCULARES EM CORREDORES DE RUA

Autores

Palavras-chave:

Corrida, suplementação, açaí, nutrição.

Resumo

INTRODUÇÃO: O exercício físico aeróbio eleva o consumo de oxigênio e, consequentemente, de espécies reativas de oxigênio. O acúmulo destas promove estresse oxidativo, elevando a susceptibilidade a danos musculares, o que tem levado pesquisadores a buscar estratégias capazes de reverter esse cenário. A ingestão de alimentos ricos em antioxidantes tem sido considerada uma delas, com destaque para o açaí, por possuir elevada capacidade de combate aos radicais superóxido e peroxil. OBJETIVOS: Esse estudo teve como objetivo avaliar o efeito do consumo crônico de açaí sobre o dano muscular de corredores de rua. METODOLOGIA: Quatorze corredores homens foram randomicamente divididos em grupos açaí (200g diários) ou controle, durante 25 dias. Nesse período, os participantes seguiram prescrições de treinamento exclusivamente de corrida, equalizadas em relação a distância total percorrida. Foram avaliados, no período pré (M1) e pós intervenção (M2), marcador de dano muscular (Creatina quinase sérica - CK) em repouso, imediatamente e 24h após corrida de 10km em pista oficial de atletismo, a percepção subjetiva do esforço (PSE) e a antropometria. Para o percentual de gordura corporal, adotou-se equação de Jackson e Pollock (1971). A normalidade e homocedasticidade dos dados foram avaliadas aplicando o teste de Shapiro–Wilk e Levene, respectivamente. A ANOVA two way, seguida do post hoc de Tukey, foi utilizada para calcular as diferenças entre grupos (AÇA X CON) e momentos (M1 x M2). Os dados foram analisados por meio do SPSS version 21.0. A significância adotada foi de p ≤ 0.05. RESULTADOS: Os valores médios e de desvio padrão da CK no repouso, imediatamente e 24h após foram: M1 açaí: 415,3±305,4; 565,5±353,9; 815,9±443,6; M1 controle: 309,4±87,3; 460,8±60,3; 514,4±128,4; M2 açaí: 225,1±122,2; 343,7±129,8; 430,7±223,2; e M2 controle: 401,8±233,5; 539,9±23,3; 788,2±344,6U/L. No M1, houve elevações significativas de CK após o exercício (0h e 24h) em ambos os grupos, sem haver diferença entre eles. Após a intervenção, observou-se redução significativa da CK 24h no grupo que recebeu açaí, em relação ao M1, demonstrando que o consumo crônico de açaí preveniu danos musculares. A PSE observada foi de 7,0±2,4; 7,3±1,6; 7,6±2,7 e 7,7±1,4UA para M1 açaí, M1 controle, M2 açaí e M2 controle, bem como a %massa gorda foi de 12,5± 2,2, 16,5± 4,0; 15,4± 4,2; e 12,5±2,7. Não houve diferença significativa acerca dos dados antropométricos e a PSE entre ambos os momentos e grupos. CONCLUSÃO: Foi possível concluir que suplementação com 200g diários de açaí, mantida por 25 dias, reduziu significativamente a CK sérica de corredores de rua em prova de 10km, porém, sem alterar a PSE e a composição corporal.

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Biografia do Autor

Renata Rebello Mendes, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

Isadora Almeida Cruz, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

João Henrique Gomes, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Educação Física

Raphael Fabrício Souza, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Educação Física

Alan Santos Oliveira, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Fisiologia

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Mendes, R. R., Cruz, I. A., Gomes, J. H., Souza, R. F., & Oliveira, A. S. (2017). EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO CRÔNICA DE AÇAÍ SOBRE DANOS MUSCULARES EM CORREDORES DE RUA. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/CIAFIS/article/view/6718