AVALIAÇÃO DE INDICADORES DE ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO – SE
Palavras-chave:
Avaliação Nutricional, Hábitos Alimentares, Estado NutricionalResumo
Introdução: O estado nutricional influencia diretamente no processo de crescimento e desenvolvimento da criança e do adolescente. Desse modo a avaliação nutricional é de suma importância para o desenvolvimento de ações que possam melhorar a qualidade de vida, além de auxiliar a segurança alimentar e nutricional das mesmas. Para tanto é necessário que haja a análise dos indicadores de antropometria; sinais clínicos; ingestão alimentar e exames bioquímicos, para ser considerada completa. Objetivo: Avaliar os indicadores de estado nutricional de crianças e adolescentes na faixa de 7 a 19 anos de idade atendidas nem uma Escola Estadual do município de São Cristóvão. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, descritivo com delineamento transversal realizado no ano de 2015 e 2016, com 73 crianças e adolescentes, na faixa etária de 7-19 anos de idade, de ambos os sexos, em uma Escola Estadual do município de São Cristóvão. Os pais ou responsáveis, que aceitaram participar do projeto, assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A frequência alimentar foi analisada através de questionário alimentar estruturado. Foram obtidos também os índices antropométricos para o cálculo do índice de massa corporal (IMC) e o perfil lipídico, que foi analisado por meio dos marcadores de Colesterol Total (CT), LDL-C, HDL-C e Triglicerídeos, este por sua vez, foi realizado com 71 crianças e adolescentes.E o estado nutricional das crianças foi avaliado por meio do percentil de IMC para idade e classificado, conforme os pontos de corte propostos pelo World Health Organization (WHO), em quatro categorias: magreza, eutrofia, sobrepeso e obesidade. Resultados: Dos 73 participantes, em relação ao sexo, 66% (feminino) e 44% (masculino). Sobre o estado nutricional, apresentaram eutrofia (71%), obesidade (14%), sobrepeso (11%), magreza (4%). Quanto a frequência alimentar, avaliados a partir de dez grupos, divididos no questionário, foram listados como os mais frequentes, 37% (Cereais, Tubérculos e Massas), 27% (Frutas), 18% (Doces e Miscelâneas), 14% (Pães e Cereais Matinais), 3% (Leguminosas), 1% (Carnes e Ovos). Dos grupos alimentares menos frequentes, 27% (Bebidas), 24% (Leite e Derivados), 18% (Verduras e Legumes), 14% (Carnes e Ovos), 7% (Leguminosas), 5% (Gorduras) e 3% (Leguminosas), 2% (Pães e Cereais Matinais). Em relação ao perfil lipídico 8,4% apresentaram valor de CT limítrofe, 2,8% apresentaram valor de CT elevado, 7,4% apresentaram valor de Triglicérides acima dos valores de referência, 4,2% apresentaram valores de HDL baixos. Dos 71 avaliados, apenas 39 alunos realizaram teste LDL, destes, 12,8% apresentaram acima dos valores de referência. Conclusão: O estudo apresentou a maior parte dos participantes com bom estado nutricional (eutrofia), porém nem todos se alimentavam de forma adequada, o que pode acarretar em problemas à saúde futura. Alguns participantes já começaram a desencadear dislipidemias. Dessa forma, é imprescindível utilizar estratégias que promovam mudanças nos hábitos alimentares dessas crianças e adolescentes, e incentivo aos pais sobre educação alimentar.
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Referências
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