CORRELAÇÃO ENTRE O SALTO VERTICAL MÁXIMO E O SPRINT DE 21 METROS EM JOGADORES DE BASQUETEBOL UNIVERSITÁRIO
Palavras-chave:
Basquetebol, Via metabólica, Alta intensidade.Resumo
INTRODUÇÃO: O basquetebol é caracterizado por ações intermitentes e de alta intensidade, tais como: correr, saltar e mudar rapidamente de direção (ABDELKRIM et al. 2007). Segundo Conte et al. (2015), as ações técnico-táticas mais executadas durante todo o jogo são os saltos e os sprints. Dessa forma, hipotetizamos que atletas mais rápidos devem apresentar proporcionalmente uma maior impulsão vertical. OBJETIVO: analisar a correlação entre o desempenho do salto vertical e do sprint em jogadores de basquetebol universitário. MÉTODOS: Este é um estudo descritivo com delineamento transversal. A amostra foi composta por 12 jogadores da equipe de basquetebol masculino da Universidade Federal de Sergipe (22,83±2,65 anos, 76,20±5,45 kg e 181,16±6,27 cm). A impulsão vertical foi determinada pelo teste Standing Vertical Leap (SVL) com contramovimento (TERAMOTO, et al., 2017). O atleta mantém os dois pés apoiados no chão, agacha e salta tocando o gabarito com os dedos, no ponto mais alto possível. O valor obtido no SVL posteriormente é subtraído pelo valor da altura total. O sprint foi realizado pelo teste de 21 metros, em que o atleta percorre essa distância no menor tempo factível. Após a verificação da normalidade da distribuição dos dados (teste de Shapiro-Wilk; p>0,05), a relação entre o desempenho dos testes foi feita pelo coeficiente de correlação de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Apesar de ambas as variáveis apesentarem distribuição normal (Shapiro-Wilk: p>0,05), em função do reduzido tamanho amostral, foi procedida a análise não-paramétrica. Os atletas saltaram 62,41±6,50 cm no SVL, ao passo que o desempenho no sprint de 21 metros foi de 3,51±0,22 s. A correlação de Spearman-rank indicou uma relação negativa e moderada entre as varáveis (r= -0,41), entretanto o nível de significância não foi considerado estatisticamente significativo (p=0,182). Ao se estratificar os atletas em função da mediana na impulsão no SVL, o teste de Mann-Whitney não apresentou diferenças no sprint de 21 metros entre os participantes com melhor e pior desempenho (3,41±0,21 vs 3,58±0,22 s, para melhor e pior desempenho, respectivamente; p=0,223). CONCLUSÃO: Os resultados apresentados no presente estudo indicam uma correlação negativa e moderada entre a potência do salto vertical e o tempo no sprint de 21 metros em jogadores de basquetebol universitário. Contudo, tanto o nível de significância do teste de Spearman-rank como o teste de Mann-Whitney não foram sensíveis o suficiente para detectar distinção estatisticamente significativas nos resultados, tornando inconclusiva as evidências relacionadas à associação entre essas variáveis.Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
Ben Abdelkrim N.; Fazaa S.E.; Ati J.E. Time–motion analysis and physiological data of elite under-19-year-old basketball players during competition. Br J Sports Med. p.69-75, 2007.
Conte D.; Favero T.G.; Lupo C.; Francioni F.M.; Capranica L.; Tessitore A. Time-motion analysis of italian elite women’s basketball games: individual and team analysis. J Strength Cond Res. p.144-150, 2015.
Teramoto M.; Cross C.L.; Rieger R.H.; Maak T.G.; Willick S.E. Predictive Validity of National Basketball Association Draft Combine on Future Performance. J Strength Cond Res. Epub 20/01/2017. doi: 10.1519/JSC.0000000000001798.
Downloads
Publicado
2017-09-18
Como Citar
Araújo, T. M., Lopes, E. G., & Almeida, M. B. (2017). CORRELAÇÃO ENTRE O SALTO VERTICAL MÁXIMO E O SPRINT DE 21 METROS EM JOGADORES DE BASQUETEBOL UNIVERSITÁRIO. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventosgrupotiradentes.emnuvens.com.br/CIAFIS/article/view/6503
Edição
Seção
Resumo - Educação Física