AVALIAÇÃO DA DOR, TÔNUS MUSCULAR E MOTRICIDADE EM PACIENTES PEDIÁTRICOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
Palavras-chave:
Dor. Crianças. Movimento. Hospitalização. Tônus Muscular.Resumo
Crianças hospitalizadas são submetidas a diversos procedimentos invasivos e manipulativos que causam alterações emocionais, fisiológicas e comportamentais, necessitando de intervenções para reverter esse quadro. O objetivo deste estudo foi avaliar a dor, tônus muscular e motricidade em pacientes hospitalizados devido a escassos estudos nacionais e internacionais enfatizando essas variáveis, principalmente na área de pediatria hospitalar. Trata-se de um estudo transversal, de campo e com abordagem quantitativa, com amostra selecionada por conveniência no serviço pediátrico do Hospital de Urgência de Sergipe, no período de agosto a outubro de 2016, totalizando 46 pacientes. Utilizou-se para a realização do estudo dois instrumentos: escala COMFORT-BEHAVIOR e escala FLACC. Após a análise, observou-se que a média de idade no internamento hospitalar foi de 5,93 anos, com prevalência do gênero feminino, sendo a maior causa de internação os acometimentos sistêmicos, seguidos das afecções respiratórias e neurológicas. Em relação à calma e agitação, 93,5% das crianças apresentaram-se ansiosas durante o processo de internação. Quanto ao choro, 54,3% não se apresentavam chorosas no momento da avaliação; 67,4% apresentaram dor moderada e 17,4%, dor de intensidade grave. Na relação entre tensão facial e dor, 71,4% dos pacientes com desconforto tinham ausência de tensão, enquanto que 28,6% dos pacientes apresentaram tensão facial; no que diz respeito à dor moderada/grave, 100% dos pacientes possuíam tensão facial evidente. As crianças que apresentaram redução do tônus muscular ou normotonia possuíram movimentação presente. Em relação ao aumento do tônus muscular, 83,3% manifestaram movimentos físicos. Esses resultados demonstram a importância de uma escala de avaliação específica para auxiliar a equipe interdisciplinar na avaliação precisa das variáveis dor, tônus e motricidade de crianças submetidas à hospitalização e com isso repercutira na redução dos traumas emocionais e físicos adquiridos por uma abordagem inadequada durante o internamento hospitalar.
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